Crítica - Aho-Girl


Uma maluca no pedaço.

AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.

Outro aviso: Esta crítica foi pensada para um tamanho reduzido, praticamente nos moldes de como fazia com a descontinuada série "Dicas de Animação", em virtude de pendências prioritárias e inadiáveis, não posso mais empurrar nada com a barriga quando mais quero extirpar esse verme maldito da procrastinação. Portanto, vou apenas sintetizar os principais pontos. Apesar de manter o aviso de spoilers, não necessariamente significa que destrincho a obra inteira episódio por episódio, cena por cena, quadro a quadro, não é bem no sentido de totalidade, logo o aviso se torna dúbio e o leitor pode esperar tanto spoilers parcialmente revelados ou completamente (o que é mais raro de acontecer, porque sempre depende do produto analisado, não é toda vez que sinto-me obrigado a ficar spoilando sobre tudo em cada frase da review, há limites que estabeleço variavelmente). Em suma, a compreensão ao aviso diz mais respeito ao fato de literalmente haver spoilers na crítica do que a quantidade. Agora sim vamos ao que interessa, mais um anime de comédia resenhado aqui no UL o primeiro havia sido High School DXD e se não conferiu as reviews das quatro temporadas sinta-se à vontade: [1] [2] [3] [4].

Em Aho-Girl acompanhamos um ambiente colegial tipicamente numa atmosfera slice of life, muito bem centrado na sua protagonista, a estudante Yoshiko Hanabatake, uma maluquete pentelha que possui uma idade mental tão baixa quanto o seu Q.I e inferniza frequentemente a vida do seu "melhor amigo", o sisudo Akuru Akutsu que vive de cara nos livros se matando de estudar enquanto é importunado pelo estorvo na forma desta garota imbecil. Yoshiko tem aquele doce e amável, mas quando se oferece liberdade para que se aproxime da pessoa ela não desgruda mais e passa a bostejar suas asneiras que ilustram sua diminuta capacidade de raciocínio, basicamente levando tudo ao pé da letra, o que a faz aprontar situações vexatórias, principalmente expondo Akuru ao ridículo (não tem como esquecer a foto comprometedora dele, sem querer, afundando as fuças nos seios de Yoshiko diante de uma confusão graças à estupidez da guria retardada hahaha) - o qual sempre responde a cada baboseira que ela profere dando uma de Saitama com seus super-socos (às vezes cascudos). Será que esse tratamento agressivo rendeu comentários mimizentos na época de lançamento? Primeiro: É um ANIME (dããã). Segundo: É um anime de COMÉDIA. Os contrapontos para fazer cair por terra os "argumentos críticos" à maneira que Akuru utiliza para demonstrar toda sua raiva, ojeriza e impaciência com uma pessoa tão irritante como a Yoshiko são esses, não tem que vir com papo furado de "ain, não acho nada engraçado porque ele bate nela, que escroto!" ou "ain, anime que romantiza violência contra mulher!". É claro e racional que jamais defenderia esse tipo de resposta a um incômodo... na vida real. Yoshiko e Akuru convivem numa relação unilateral, ele a despreza por ser burra e ela o adora por gostar das suas qualidades.

Com Akuru foi diferente, aparentemente um amor à primeira vista, é evidente o clima que nos desperta visão de que apesar desse vínculo de amor e ódio a coisa pode até dar em casamento. Por falar nisso, a mãe de Yoshiko, Yoshie Hanatabake, provando que a birutice é hereditária, é a personagem que dá seu show brilhando quase sozinha, gerando cenas engraçadas agindo como uma maníaca perseguidora obsessiva e tarada chegando a forçar que Sayaka Sumino, a amiga de Yoshiko com personalidade meiga e adorável, mostrasse sua calcinha ou bancar a stalker pra cima de Fuki Iinchou, a presidente do conselho que também não suporta as peripécias de Yoshiko (além de apaixonada por Akuru), chegando a roubar sua calcinha (num embate que apresentou até uma inspiradora troca de socos hehehe), tudo na vã tentativa de impedir que Akuru não se apaixone (se é que ele capaz) por ninguém além de sua filha. A disposição da linha narrativa opta por um formato que remete um pouco à esquetes humorísticas. Os 12 episódios duram pouco mais de 12 minutos, cada qual com três "esquetes". Dos personagens de apoio, devo salientar as crianças que brincam com Yoshiko (que prefere mais a diversão, sobretudo seu vício por bananas, que os estudos), Ruri, a irmã de Akuru que se esforça na escola para não emburrecer como Yoshiko (que provavelmente já nasceu burra =P) e Akane Eimura, a garota ruiva que mostra-se a mais fervorosa odiadora de Yoshiko (ela e suas amigas também não veem a personalidade fechada de Akuru com bons olhos), mas num dado momento torna-se cooperativa com a besta quadrada num trabalho escolar para o festival. Esse grupo de secundários foram agregadores muito funcionais. E obviamente não podia me esquecer do cachorro (nomeado assim mesmo) que Yoshiko usa como montaria. Interessante por vezes notar que a Aho-Girl transparece uma loucura inversamente proporcional à sua burrice.

Considerações finais:

Internamente na sua proposta, Aho-Girl é um passatempo aproveitável tendo um êxito natural na sua maneira de desenvolver a comédia e soma-se à essa viagem louca a ótima qualidade de animação (minhas congratulações ao estúdio Diomedia).

PS1: Em 2017, época de lançamento do anime, peguei um receio paranoico de acompanhar crendo que a burrice de Yoshiko fosse contagiosa. Eu acho que não estive sozinho nesse temor...

PS2: Durante a brincadeira de bonecas com a Nozomi, esperei nervoso a Yoshiko dar um tom erótico pra história.

PS2: É meio difícil um episódio de praia em animes me agradar completamente, mas neste aqui, sem dúvidas, conquistou meu favoritismo (já rio só de pensar naquele bizarro falo de areia criado pela Yoshiko na Fuki hahahaha).

PS3: Justamente no melhor episódio, o 12º e último (focado no passado de quando Yoshiko e Akuru se conheceram, o início dessa linda amizade hehehe) que vem um final aberto pra "estragar". Quero saber o que ocorre após o mega-soco que Akuru dá na Yoshiko que termina em pleno ar com aquela expressão de espanto. Segunda temporada já!

NOTA: 8,5 - BOM 

Veria de novo? Sim. 

OBS: Anteriormente, na review de Owari no Seraph, eu havia dito que provavelmente aquela seria a última review de animes publicada aqui, cheguei inclusive a linkar uma postagem que explica o motivo que levou a tal decisão (pra resumir: meu segundo blog, o Crítica em Foco - título provisório). Mas num dia qualquer, numa horinha vaga, me peguei olhando a categoria "Animes" e um pensamento me veio rápido: Eu devia mudar o nome dessa categoria pra "Dragon Ball e Animes" ou, mais honesto, "Dragon Ball e UNS Animes". É meio chato constatar isso, mas o número majoritário de posts referentes à maior obra de titio Akira, culpa do meu favoritismo absurdo (eu seria um fanboy por conta disso?), numa categoria logicamente muito mais abrangente revela que algo precisa ser feito para diversificar fazendo assim jus ao nome. Portanto, mudei de ideia com o propósito de favorecer um espaço maior para abordar sobre mais animes, embora não suprimindo Dragon Ball. Duas verdades: 1) Há espaço para tudo. 2) É complicado (quase impossível, diria) atribuir espaço igualitariamente. De toda forma, sigo firme (ou tentando), não preciso me culpar por escantear outros animes pra falar de Dragon Ball ao mesmo tempo que não preciso escantear Dragon Ball pra falar de mais animes, simples assim, vou achando, no decorrer, um equilíbrio que corresponda ao plural. 

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: https://br.pinterest.com/pin/773211829752738858/?lp=true

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