Apegue-se ao desapego
E é chegado o tempo de desamarrar os laços, outrora tão firmes, quase inquebrantáveis.
Tempo também de esquecer laços que nunca irão se unir.
Você não pertence à eles. Nem eles à você. Pare de se apegar tanto ao impossível.
Abrace a árvore que você plantou. Sem folhas, frutos ou pássaros cantando.
Apenas os galhos fragilizados, como mãos esqueléticas finíssimas agarrando o ar gélido.
Partilhe de suas dores ao seu tronco frio, você desejando suas lágrimas adquirirem um tom de vermelho.
Até que elas sequem, já estará distanciado.
Enquanto se desprende, repense sua vida como um eterno cativo das armadilhas do destino.