Crítica - Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza

Divulgação: Akira Toriyama/ Shueisha/ Toei Animation
FICHA TÉCNICA:

Direção: Tadayoshi Yamamuro
Roteiro: Akira Toriyama
Produção: Akira Toriyama
Gênero: Anime, Aventura, Ação, Shounen
Duração: 94 min
Distribuição: Fox Film Brasil; Toei Company
Ano de lançamento: 2015

Demorou um pouco, mas cá estou com mais uma review de anime, desta vez, novamente, com um longa-metragem no estilo mencionado. Ontem pude assistir à mais recente aventura de Goku e sua turma num filme, era para eu ter visto no cinema, mas na época as condições não estavam tão boas. O ritual de sempre: manter a expectativa praticamente no zero e acomodar-se na cadeira. Sobre o primeiro passo, foi exatamente isso que senti ao saber das primeiras informações do filme. Afinal, após a experiência vergonhosa com Battle of Gods era de se esperar que, evidentemente, eu me sentisse assim em relação à aventura seguinte.

Neste novo filme, a prioridade máxima para que uma experiência decente se realizasse foi única e exclusivamente a nostalgia, que, por sinal, é o primeiro ponto a se destacar quando se tem conhecimento do vilão da trama.

O retorno de Freeza foi mesmo necessário? 

Primeiro devo salientar que a saga de Freeza foi uma das melhores da história do anime como um todo (senão a melhor), na minha humilde opinião. Aqui, felizmente, o vemos retratado fielmente como no anime, todas as suas características mantidas intactas, sem tirar e nem pôr. Entretanto, não consegui capturar nenhum sinal de necessidade para sua volta. Ele já havia sido humilhado o bastante no anime por Goku, portanto, qualquer tentativa para uma revanche seria um fiasco já que Goku, obviamente, elevou seu poder à níveis antes impensáveis. Mais uma vez, provou-se que Freeza, em termos de poder, é insignificante diante da força de seu oponente. Não estou dizendo que ele é fraco, mas que seu poder, por maior que seja, tornou-se abaixo do que Goku conseguiu em sagas anteriores.

No longa, vemos o vilão mais furioso, com seu desejo de vingança mais intenso, gostei disso. Mas, arrisco dizer, que a introdução de um novo vilão cairia muito bem.


Freeza em sua melhor forma? Nem tanto... 


Divulgação: Akira Toriyama/ Shueisha/ Toei Animation 
Confesso que achei a ideia de um Freeza Dourado forçada e pouco criativa. Porém, sua luta com um Goku surpreendentemente de cabelo azul foi deveras empolgante. E lá vamos nós para o próximo ponto...


Um Super Saiyajin Deus aceitável. 

De longe, a melhor representação do que se pode chamar o nome citado. Fiquei feliz por terem abandonado aquela horrenda versão de Battle of Gods (aquele cabelo vermelho beirando ao rosa foi execrável, sinceramente). Ao contrário de Freeza, Goku parece estar em uma forma mais imponente, mais seguro de si e de seu poder. Não vimos uma surpresa muito grande quando o mesmo acaba sabendo da ressurreição de Freeza. Anos de treinamento serviram para isso: Não se espantar com a volta de inimigos passados, mesmo reconhecendo a grandeza de poder que Freeza possui.

Era este Goku que eu esperava no filme anterior, e que neste, felizmente, foi bem desenvolvido.


E Vegeta? 


Divulgação: Akira Toriyama/ Shueisha/ Toei Animation 
Tão surpreendente quanto sua participação na batalha final, foi sua transformação em Super Saiyajin Deus. Mais uma prova de que todos os 4 meses de treinamento de Freeza deveriam ter sido 40 anos se realmente quisesse voltar por uma vingança de fato arrebatadora. Vimos uma relação tão próxima entre Goku e Vegeta, que nem chegou a parecer que ambos eram aqueles rivais fervorosos dos primórdios da fase Z. Na minha visão, deu a impressão de serem irmãos - Vegeta fazendo o papel do mais velho, sempre mal-humorado, malvado e com ódio, e Goku com o do mais novo, sempre mostrando companheirismo, apesar de compreender a raiva de seu irmão de raça. Quando Vegeta falou que precisa de Kakaroto vivo para ficar mais forte, para mim ficou evidente que o Príncipe dos Saiyajins se inspira na evolução de Goku para também conseguir o mesmo, apenas não quer admitir.

Só o que irritou foram os instantes em que Vegeta pedia para trocar, como se não ligasse muito com o fato de Freeza ter voltado e apenas visar o treinamento. Fora isso, o desenvolvimento de ambos na luta foi digno para ser ver novamente.


O patético trio: Pilaf e seus dois comparsas. 

Eu adoraria ver Sorbet dar um fim naqueles três - assim como quase matou Goku, em um tiro de laser certeiro no peito do herói. Não parecem ter aquele mesmo tom de outrora (eles eram mais toleráveis na primeira saga).

Tem coisa mais irritante que eles neste filme? Mais ou menos...


Bills e Whis estão menos chatos. 

Ponto para a produção por não ter dado tanto destaque para o Deus da Destruição e seu parceiro afeminado. Bills não serviu para nada, a não ser devorar um sundae feito por Bulma enquanto a pancadaria rolava solta. Porém, seu desenvolvimento no longa soou menos irrisório e mais assistível, por assim dizer. Quem roubou mesmo a cena foi Whis, também com seu teor de chatice lá embaixo. A conveniência da presença do personagem para o ato final foi óbvia. Afinal, ele era conivente à um Deus, certo? Pois bem...

Tudo se desenrolou de maneira muito fácil depois que o tempo voltou. Freeza destruiu a terra após um acesso de fúria por se sentir inferior novamente aos saiyajins. Whis, em um feito generoso, fez a Terra voltar a ser o que era durante o retrocesso do tempo.

Concluo que eles foram até um pouco mais divertidos. Quem dera se continuassem assim em Super...


O drama voltou! 

Houve momentos dramáticos sim. Contudo, não na quantidade que se esperava. Mas ao menos houve, o que é um ponto a se considerar para desbancar a comédia forçada do longa anterior. Bulma chorando pela destruição da Terra (e pelos seus pais mortos, claro), Goku levando um tiro bem no coração... Só faltou uma Genki-Dama. Só estes momentos já serviram para lembrar das primeiras sagas da fase Z - Saiyajins e Freeza - onde o drama estava presente em quase toda cena de ação. Já era previsível, já que estamos falando de um filme onde Freeza é o vilão.


Gohan... porque tão fraco? 

Como se não bastasse sua má participação no filme passado, trataram de conseguir a proeza de ridiculariza-lo ainda mais neste. Onde está aquele Gohan badass, em sua forma mística, que conseguiu fazer Majin Boo se borrar de medo?

Neste caso, a culpa não é só de Chi-Chi...


Qualidade dos gráficos mantida. 

Um dos poucos prós de Battle of Gods simplesmente passa despercebido neste filme, pelo fato do desenrolar do enredo divertir e prender. Se tem uma coisa que ambos os filmes bem compartilham são os gráficos bem produzidos. Uma pena que em questão de grudar o espectador na tela a situação seja diferente... e nisso O Renascimento de Freeza ganha de lavada!


                                                                                  ---

Considerações finais: 

Apesar de reciclar um vilão proeminente e ter dado a impressão de que faltou algo, o filme resgata velhas sensações que tínhamos quando nos víamos vidrados na TV assistindo à algum episódio do anime. Neste quesito, seu predecessor falhou miseravelmente. Em se tratando de realmente satisfazer os fãs mais nostálgicos, Dragon Ball Z: O Renascimento de Freeza tem o mérito por conseguir este feito.


NOTA: 8;0 - BOM 

Veria de novo? Sim.

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