Nem tudo é o que parece #20


Nos meus tenros tempos de criança, eu adorava passear e brincar no parquinho que ficava a dois quarteirões de minha casa.

Não vou negar, eu me sentia solitária demais ali... Bem, comecei a me sentir assim quando vi uma tragédia horrível na TV naquela época que partiu meu coração.

Desde então, aquele parque nunca mais foi o mesmo.

O que eu via era apenas um lugar vazio.

Somente algo me incomodava ainda mais do que a solidão...

Embora eu não pudesse ver nada além dos brinquedos, eles se moviam... enquanto eu escutava aquelas risadas. 

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Tem coisa pior do que estar tranquila, navegando na internet, enquanto você sente um bafo gelado na sua nuca, bem insistente?

Você, claro, olha para trás, é a coisa mais natural que um ser humano pode fazer numa situação dessas.

Mas sim, meus caros, existe coisa pior.

É você estar olhando para trás e sentindo o mesmo bafo gelado na sua bochecha... e ter medo de virar a cabeça para saber o que é. 

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Eu era professora da Rede Pública de Ensino, e naquele tempo eu já estava em meu terceiro ano de lecionamento. No dia em questão, me deparei com um aluno novo, extremamente introspectivo em relação aos demais. Seu nome era Nick.

O chamei para que participasse mais ativamente da aula, que era de Artes. Todos deveriam desenhar na lousa aquilo que mais gostavam de fazer no tempo livre.

Entreguei o giz à Nick e ele rapidamente já estava rabiscando no quadro. Percebi que ele não tinha nenhum talento para arte só de ouvir as risadas baixas dos outros alunos.

Fiquei de frente para o quadro, vendo ele desenhar. Ele havia desenhado os chamados "bonecos-palito", enfileirados e sentados em mesas, com um "X" marcado abaixo de suas cabeças.

Ele me devolveu o giz e não entendi o que significava.

Na verdade, eu entendi sim... quando me virei para a turma...

Todos os alunos estavam com os pescoços degolados e totalmente ensanguentados! 

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No meu primeiro dia de aula, eu estava ansiosa em contar para meus novos amigos sobre a profissão do meu pai. Ele era veterinário e dos bons.

De início, ninguém acreditou, pois diziam que eu parecia pobre demais para ser filha de um cara com esse emprego.

Para provar, mostrei uma foto.

Acho que preciso lidar melhor com pessoas sensíveis.

Nenhum deles gostou da foto do meu gatinho preto de duas cabeças. 

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Lá estava eu, voltando de uma festa, quando, de repente, ao parar meu carro perto do cercado de minha casa, vejo uma silhueta negra na janela da sala de estar. A luz estava acesa, mas fraca.

Durante todo aquele dia eu reclamava que estava faltando alguma coisa... eu tinha fama de ser extremamente esquecido das coisas.

Desci do carro e saí correndo para a porta da frente. Chequei todos os cômodos. Para minha surpresa, a luz da sala havia desligado logo quando entrei.

O último que faltava era o banheiro... Enfim, eu fui até lá, onde a lâmpada era fluorescente, também mais forte. Só bastou aquilo para me lembrar do que faltava.

Enquanto eu olhava para trás (para o chão, mais precisamente), ouvia barulhos, parecidos com passos correndo pela casa, bem baixos.

Percebi que minha sombra não estava ali. 


FIM... por enquanto! 

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