Crítica - High School DXD (1ª Temporada)


Perversão, demônios, peitos, bundas, calcinhas, peitos, magia, anjos, peitos, bundas, lutas... Eu já disse peitos?

AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS. 

Finalmente aqui resenhando/avaliando um anime classificado como +18 (até onde se obriga), não podia começar melhor senão com uma review desse título que é bem-sucedido tendo ganhado quatro temporadas entre 2012 e 2017 fazendo a alegria dos punheteiros fãs que se cativaram com a jornada do herói atrapalhado Issei Hyoudou. Antes de tudo, cabe ressaltar que o conjunto representa uma história pouco digna de ser levada a sério ou encarada como uma obra de caráter sombrio numa medida dramática. Tudo o que caracterizaria uma atmosfera à parte do ecchi - uma expressiva estrada dessa via de mão dupla - é dosado para que não imprima seriedade comum em outros gêneros.

Eu aconselharia o espectador enxergar High School DXD com olhares menos exigentes em relação ao próprio enredo mesmo. Não que isso negative uma garantia de envolver, a trama prende sim (e como prende - nada de pôr "aquela carinha" hahah), só que o importante é assumir uma perspectiva descompromissada com qualquer coisa que venha a parecer complexo. Até porque se é uma história extensa, então ela pode não ser complexa, muita gente trata esses dois nomes como análogos, mas não, uma narrativa extensa amplia sues horizontes e objetivos e uma complexa requer análises minuciosas de um conjunto que aparente ser pequeno na superfície mas que guarda segredos maiores por dentro. O anime safadinho aqui em pauta somente incha a história a cada episódio ou, se preferir, enriquece - de qualquer forma é algo bom pois demonstra que a linha de enredo segue disposta a apresentar facetas novas desse universo sobrenatural onde habitam anjos, anjos caídos e demônios. É basicamente uma tríade, mas o maniqueísmo empregado nos conflitos é mais gritante.

Dando uma sinopse simples: Issei é um estudante pervertido que se imagina o tempo inteiro apalpando seios fartos de garotas bonitas (e ele começa o anime desejando isso num sonho acordado) e justo quando consegue sua primeira namorada ele é brutalmente morto. Sorte no amor? A condição do personagem extrapola esses conceitos vagos de sorte ou azar. Ele conhece a bela Rias Gremory, de um relevante clã de demônios, por quem imediatamente se apaixona, que faz o favor de ressuscita-lo e dispara as verdades que Issei não processa muito bem de início, como por exemplo a existência de demônios, que foi morto por um anjo caído disfarçado e que por consequência disso renasceu como um demônio graças a líder do Clube de Ocultismo com todos os membros estudantes da Kuoh Academy e também demônios que servem à musa do protagonista (e torna-se a razão para banhos mais demorados...). Primeiramente, devo dizer que a motivação do Issei é simplesmente patética. Virar o Rei do Harém é um grande futuro como servo de um demônio hein. É fácil compreender a associação justificativa entre o ecchi exagerado (com seios explícitos) com toda a hiper-sexualização das personagens femininas (Rias e Akeno, principalmente) e o misticismo presente (muito bem presente, diga-se de passagem, não vá pensando que só existe putaria rolando solta e o resto jogado para o escanteio, nada disso, é perversão sem esquecer do plot) pois isso cria uma ligação interessante de se notar gerando conclusões sobre a natureza dos personagens e o que no geral significa. Ser um demônio rodeado de mulheres formosas é a maldição e a benção de Issei simultaneamente.

O trabalho de Issei, inicialmente, é atender a chamados invocatórios e obter servos. Mas no frigir dos ovos ele não passa mesmo de um mero peão de Rias. E o pior é que ele não se importa nem um pouco. De fato, existe um perceptível traço de submissão masculina (talvez uma parte em que espectadoras com inclinação feminista possam se divertir) já que Issei cultua, como simboliza a sua "punição" por conta da lascívia (intrínseca aos demônios da luxúria, fazendo lembrar sutilmente as famigeradas súcubos), os corpos das garotas feito um idiota que pode ser facilmente manipulado e/ou chantageado. Em suma, a devassidão dele é o seu calcanhar de Aquiles. Entretanto, há corajosos momentos em que Issei prova também ser detentor de altruísmo e boa índole para proteger seus amigos - em especial a tímida (mas nem tão inibida pro lado do protagonista) Asia Argento, que não demora a se adicionar no "harém", uma sacerdotisa ameaçada por anjos caídos e que sofreu por intolerância nunca sendo compreendida pela gente mal-agradecida que curava de bom grado e por isso a coitada acabava levando nome de bruxa. A relação com Issei é explorada até melhor do que com Rias - esta sempre firme na sua postura, é agradável vê-la em cena (mais uma vez, sem "aquela carinha" heheheh), o par romântico de Issei Hyoudou é um anjo colocado na sua vida (fica ao ponto de vista do espectador se para o bem ou para o mal - eu acho que o Issei é um fracassado que se ferrou e não se deu conta disso ainda =P). Há alguns episódios "descartáveis" com único apelo ao ecchi feito um slice of life dos mais comuns, mas releváveis porque ainda havia pontinhas na história que iam sendo costuradas lentamente para enfim voltar a esse foco devidamente. Tem referências otimamente posicionadas de Pokémon e Issei até ganha de presente uma manopla vermelha que espontaneamente surge no antebraço esquerdo dando-lhe um poder magnífico porque estamos lidando com um shounen (que mistura romance com safadeza melhor do que a Anitta e o Wesley Safadão) e isso é necessário para que ele brilhe como a estrela do show. Um poder dracônico. Poder do Dragão Imperador Vermelho. Dragões, dragões, dragões... Agora sim o negócio ficou entretedor. Mas o desenvolvimento mais avançado dessa habilidade (o Sacred Gear) vem na segunda temporada.

A animação tem uma arte viciante (e pela terceira vez, sem "aquela carinha", eu sou homem, não vejo problema de ver as garotas nuas nas eyecatches e/ou nas cenas menos family friendly, mas já dei meu parecer quanto a isso e como se relaciona genialmente com a trama mitológica, o ecchi é um mero detalhe apelativo com razões suficientes para estar vigente na história), traços bem delineados, um filtro de cores bem vibrante e efeitos em 3D que não destoam e nem saem ridículos ou forçados. As lutas também entram nesse embalo de acertos. Apenas alguns efeitos de brilho (como nos círculos que Rias utiliza para se teletransportar) que dão um ar muito "fada" e menos demoníaco. Os diálogos inclusive se destacam pela maneira quase expositiva, mas completam essa tragicomédia de Issei Hyoudou, um patético demônio sonhador.

Considerações finais:

High School DXD não é para iniciantes do gênero ecchi e muito menos para quem torce o nariz ao mesmo. O time de personagens é diversificado (os dois amigos do Issei são alívios cômicos legais além de tão pervertidos quanto ele) e como resultado do bom trabalho oferecido a eles puderam ser vistos como uma família de amigos sobrenaturais tentando a todo custo vencer batalhas pela frente e beneficiados por uma mitologia bem estabelecida. Reitero que não é um anime sério a tal ponto de chorar lágrimas por tragédia. É para rir e desestressar (seja lá de qual modo o espectador preferir).

PS1: A técnica mais apelona do Issei sem dúvida alguma é a Dress Breaker hahahaha.

PS2: Koneko é tão kawaii em todos os instantes, até advertindo Issei a não toca-la indecentemente...

PS3: Este é mais um anime com ambiente escolar "sem professores" (quase não tem personagens adultos, aliás).

PS4: Por falar em adultos, os pais do Issei são os mais liberais que existem de um jeito estúpido. Toleram a natureza lasciva do filho (não tem nem 18 anos ainda) e ainda deixam ele dormir com qualquer 10/10 que conhece e traz para casa. O cara é sortudo até nisso, definitivamente sem limites.

NOTA: 8,0 - BOM 

Veria de novo? Sim. 

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: https://retalhoclub.com.br/otaku/quarta-temporada-de-high-school-dxd-e-anunciada/

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