Dragon Ball (Clássico e Z): Os 19 filmes ranqueados!
Antes de tudo, entenda duas coisas (valendo para quem é um tanto leigo sobre a franquia em si):
1) As histórias contidas nesses filmes não foram criadas pelo autor original da obra, Akira Toriyama, nada do que é visto nestas obras com animação mais caprichada (embora enredos nem tanto...) é provindo da mente criativa dele e sim da produção da Toei Animation que quis gerar mais expan$ão deste vasto universo de Dragon Ball. As narrativas não se adequam à períodos da cronologia original (tanto do mangá quanto do anime) em que aparentam estar. Não se engane. Porém, há dois filmes em exceção que falarei logo mais abaixo.
2) É até errôneo considera-los filmes propriamente ditos, haja vista que a grande maioria varia entre 45 e 50 minutos de duração. Portanto, o mais certo seria chama-los de média-metragens, afinal de contas são como episódios estendidos assim como os filmes de Pokémon (cujas reviews você pode conferir clicando nestes números: [1], [2], [3] e [4]). Os únicos que se categorizam como voltados para a mídia cinematográfica em termos técnicos são os dois mais recentes e últimos da fase Z: Batalha dos Deuses e Renascimento de Freeza (já fiz review desses dois também, clique aqui e aqui).
Sem mais delongas, vamos direto ao ranking dessas super-produções da Toei (tô muito no ironic mode hoje hahah).
19º lugar: (Z) Filme 11 - O Combate Final: Bio-Broly (1994)
Essa é uma boa lição de como espremer um personagem carismático (mesmo ele sendo um porre) até não restar uma gota. O décimo-primeiro "filme" da franquia resgatou o Lendário Super Saiyajin Broly pela segunda vez numa aventura protagonizada por Goten e Trunks que já haviam o enfrentado no longa (ops, média!) anterior e na visão dos roteiristas seria bacana repetir esse confronto entre a máquina esmagadora de luta e os garotos prodígios (nem tanto assim nessa história). Todavia, o enredo parece uma grande desculpa descarada para fazer de Broly a grande estrela do filme, apesar de ter sido "morto" duas vezes, e como não podiam forçar a barra mais do que tinham feito, arriscaram reaproveita-lo como um clone que por tabela é cobaia de um experimento gerido por um ricão que deseja se vingar de Mr. Satan apresentando os desinteressantes bio-guerreiros para que ele os enfrente. A pior coisa foi a justificativa dada para Satan ceder à proposta: uma chantagem envolvendo um caso extremamente comprometedor onde ele... fez xixi na cama (!). Nossa, o Satan mijava na cama quando criança, isso vai abalar a reputação do cara que não seria mais o mais expressivo símbolo de virilidade, maturidade e masculinidade das artes marciais! Sério isso? Tá OK, tem coisa pior: Trouxeram de volta o sacerdote da aldeia que foi introduzido no primeiro filme e o mesmo coletou o sangue congelado do Broly e em troca de muitos millones de dólares aceitou entrega-lo a Jaguar - o chefe da bagaça toda. A presença de Nº 18 ameniza um pouco a fraquejada execução de Goten e Trunks sustentando uma trama como protagonistas (apanham mais que mulher de bandido). A forma como reciclaram Broly foi bem preguiçosa, o visual de bio-guerreiro parece vilão genérico do Superman ou do Homem-Aranha e o enredo geral é o menos inspirado possível que já vi. Tem um impagável erro na cena em que Goten e Trunks disparam um Kamehameha na enchente de gosma para criar um tsunami e endurece-la (pois é, a água resolveu tudo >_<): Kuririn os ajuda, só que sua aura está como Super Saiyajin igual a dos garotos (hahahaha), é bem rápido, se piscar perde.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Entre o fim do Torneio de Artes Marciais e a volta de Goku ao Outro Mundo. Contudo, nem Majin Boo e nem Gotenks existem ao que parece. Goku faz uma participação pequena no final estando ao lado do Sr. Kaioh. Talvez Majin Boo tenha sido derrotado ainda no ovo de alguma forma e na volta ao torneio Nº 18 já tinha se sagrado campeã na luta contra Satan (no filme ela já começa cobrando a grana que ele prometeu caso perdesse), Goku retorna ao Outro Mundo, passam-se os dias, vem o combate com o Lama-Broly e depois a paz reina.
18º lugar: (Z) Filme 10 - O Retorno do Guerreiro Lendário (1994)
O ano de 1994 parece ter sido a época das vacas magras no que se refere à criatividade na Toei. Mas ao menos existe um aspecto capaz de superar o desastre que veio a seguir que foi o protagonismo de Gohan e mesmo apanhando feito um condenado pela montanha de músculos acéfala o mestiço se saiu bem na rivalidade combativa e na garra para vencer. Com o sucesso do personagem Broly no ano anterior, resolveram traze-lo novamente para um filme ambientado na Terra e faze-lo dar de cara com Goten, Trunks e Videl (que não serviu pra nada além de isca para o "monstro" que aterrorizava a aldeia - as pessoas desse lugar devem ser muito ignorantes pra chamar um simples animal selvagem de monstro). O conjunto inteiro é resumido pelo título. Não tem nada mais palpável de trama ou desenvolvimento, é apenas Broly por coincidência cretina caindo na Terra, sendo congelado por uma nevasca e convenientemente despertando por causa do choro de Goten (depois de receber um tabefe da Videl) que o fez lembrar do choro de Goku quando era bebê, ele percebeu que era familiar e bradou seu famoso grito de guerra ("Kakarottooooooo!!!"). Eram quilômetros de distância e o cara estava congelado num sono hiper-profundo... Vou fingir que relevo. Como se não bastasse o fato do filme sequer fazer sentido de uma maneira geral (Broly escapou por um triz da colisão entre o cometa e o planeta no filme 08, acho que nos últimos segundos...muita sorte mesmo!), chega Piccolo salvando Gohan. Mas espera! Não é Piccolo... é o Kuririn! O que diabos o carequinha tinha fumado para vestir a roupa de alguém como o Piccolo? Pra se sentir badass? O Piccolo é foda como todo mundo sabe, mas nenhum terráqueo que o conheça vestiria... a não ser o Gohan. Inclusive é válido ressaltar que Broly está numa espécie de forma intermediária em Super Saiyajin, não demonstrada no seu primeiro filme, como se fosse o estado de transformação normal que Goku e os outros saiyajins acessam primeiramente, e no calor do confronto transforma-se na sua forma "Berserk", digamos assim (ou de "Lendário Super Saiyajin"). E outro detalhe curioso além disso se trata do comportamento do próprio Broly. No Super Saiyajin 1, Broly está com a expressão de alguém lúcido e um olhar de "serenidade", mas fica repetindo "Kakarotto" sem parar enquanto que no estado "Lendário" (o bombadão) ele diz algumas palavras coerentes. Ou seja, aparentemente trocaram as personalidades. Porém, Broly já demonstrava ser relativamente racional e lúcido na luta contra Goku e cia no filme 08 nesta mesma forma. O cérebro dele só dá um treco no SSJ 1. Loucura, não?
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Durante o período em que Gohan, Goten e Videl estão treinando para o 25º Torneio de Artes Marciais. Supondo que Goten tivesse convidado Trunks para brincar de "Vamos procurar as esferas do dragão" (que é a trama de "apoio" jogando no meio disso uma aldeia com pessoas muito fechadas em suas crenças e um sacerdote que está com a última esfera, todos desse núcleo apenas servem ao primeiro ato). Até poderia se encaixar, se não fosse pela intervenção milagrosa de Goku diretamente do Outro Mundo para novamente derrotar Broly e o Goten, no momento em que estão segurando o Kamehameha contra Broly, reconhece-lo como se o tivesse visto antes (por uma foto, talvez). No anime o garoto fica bastante acanhado quando Goku chega para ficar um dia na Terra e pergunta se aquele é o seu papai. Com esse filme na cronologia, seria diferente, com Goten correndo para o abraço sem ficar de timidez.
17º lugar: (Z) Filme 06 - O Retorno de Cooler (1992)
Se Freeza adquiriu uma aparência de ciborgue (conhecida popularmente como Mecha Freeza), por que não o seu irmão mais velho também? Pois é exatamente esse verniz robótico e cibernético dado a Cooler que dá pano pra manga nesse sexto média-metragem (muito média, só 45 minutos!). O vilão foi revivido graças a um estrela chamada Gete que absorveu os restos mortais dele transformando-o numa máquina que controla-a livremente (porque a estrela, que era um chip inicialmente, ficou juntando um monte de tranqueiras à deriva pelo universo e acabou virando um amontoado de metal) e a dirige para o planeta Namekusei 2. É o filme que mais peca no quesito animação, são perceptíveis vários frames estranhos e desproporcionais. Os movimentos de luta conseguem manter o interesse e tornar a experiência razoavelmente divertida pois Metal Cooler se mostra um oponente duro de arranhar. Ao menos tem uma surpresa que foi Cooler em sua forma Mecha não ser exatamente seu eu original e sim um de inúmeros clones que aparecem para dificultar a vida de dois exaustos saiyajins. Achei bacana esse trabalho em equipe de Goku e Vegeta - apesar do Príncipe dos Saiyajins ter aparecido do nada (tipo... DO NADA mesmo, ele não estava na nave, nem sabe o teletransporte e não adianta vir com a desculpa de que ele sentiu o ki e arranjou sua própria nave, àquela altura não daria para ele saber do que estava acontecendo, prepara uma nave e chegar lá bem a tempo para a salvar Goku) sendo um Deus Ex-Machina desgraçado. Difícil encarar Piccolo, Gohan e Kuririn lutando com aqueles robôs que numa hora pareciam duros feito rochas e depois eles são capazes de dar socos estraçalhando todos eles, provavelmente não tinham elevado o suficiente de ki. O que não dá pra acreditar é Cooler reviver se foi literalmente desintegrado no Sol e a estrela ter colhido o que sobrou dele. O retorno do irmão de Freeza pode ser forçado, mas admitamos que tem um filtro bonitinho e boas lutas.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Atentando-se para a ausência de Mirai Trunks. Se passaria durante os 3 anos que ficaram treinando antes de enfrentarem os androides caso Dende não tivesse já virado Kami-Sama. Tanto nesse quanto no filme anterior Goku não demonstra estar tão forte, o que até poderia ser um dos sinais da doença do coração. Se a produção não fosse tão burra de inserir Dende já como Kami-Sama, usaríamos as duas experiência de Goku contra Cooler como agravantes justificáveis que aceleraram os sintomas da doença. Mas na cronologia original, Goku treinou com Gohan e Piccolo nos 3 anos, então isso, canonicamente, pode ser usado como explicação para a doença ter aparecido mais cedo.
16º lugar: (Z) Filme 02 - O Homem mais Forte do Mundo (1990)
A cinessérie da fase Z havia tido um bom começo, mas deram uma fraquejadinha justo no segundo filme que se adiciona ao pacote dos desinspirados. Tá, nem tão desinspirado assim. Ele explora uma das vertentes mais legais de Dragon Ball, o lado sci-fi da obra que compreende ciência, tecnologia, robôs, alienígenas etc. A ideia-base do filme é um vilão megalomaníaco que necessita de um corpo para voltar a caminhar. Um cientista maluco que deseja o corpo de Goku. Uma mente inteligente ansiando dominar o corpo mais forte. No entanto, não sei de onde tiraram a ideia de capturar Mestre Kame acreditando ele ser a pessoa que preenche os requisitos (um dia ele já a foi, obviamente). Como os capangas de Kotchin (os Saibamans requentados x_x) souberam disso? E ainda levaram a Bulma sabe-se lá pra quê (cumprir cota de donzela resgatada pra "engrossar o caldo", certeza). O Dr. Wheelo, o vilão da bagaça, um cientista que morreu num dos seus experimentos e teve o cérebro preservado, é libertado da sua prisão de gelo graças a um desejo a Shenlong. Mas a dúvida cruel é como um cérebro daquele tamanho caberia numa pessoa. Todo vilão dos média-metragens tem seus minions (exceto Broly, mas o pai dele tinha aqueles soldados lá que se curvaram ao Vegeta) e aqui não é diferente e os capangas parecem mais demônios do Garlic Junior do que robôs. Ao menos as lutas tem movimentações empolgantes e com direito a Piccolo possuído e malzão de novo. Detalhe interessante é que esse é o primeiro de quatro filmes que Goku usa a Genki-Dama para vencer a luta. As máquinas brutas de puro aço sempre foram obstáculos árduos para Goku.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: De fato, é difícil ver em qual ponto da história ele fica. Gohan ainda não está com seu corte tigelinha... mas é bom lembrar que ele e Kuririn tiveram alta primeiro após a batalha contra Vegeta. Goku permaneceu mais alguns dias no hospital devido aos seus ferimentos claramente serem mais graves e na chegada da sua recuperação Gohan, Kuririn e Bulma já tinham partido para Namekusei. O Gohan ainda está chorão... não é pós-Freeza.
15º lugar: (Z) Filme 04 - Goku, o Super Saiyajin (1991)
Este é mais um média-metragem (eu chamo mais de filme por força do hábito mesmo) sem encaixe algum na linha do tempo original da série e muito menos lógica coesiva. Lord Slug é só uma versão recauchutada do Piccolo Daimaoh que vem para a Terra com o objetivo de conquista-la, mas não sem antes reunir as esferas do dragão para pedir a Shenlong que lhe conceda juventude. Assim o super-namekuseijin recupera seu sorriso Colgate porque em Namekusei não existia dentadura. Goku rende um combate legal contra Slug, muito embora movido a uma transformação Super Saiyajin bizarra (conhecida também como Falso Super Saiyajin) onde a aura refulge nele numa coloração alaranjada e suas pupilas somem (tal como ocorre na forma "lendária" de Broly). Mas como doce acaba rápido na mão de criança, o poder some rapidamente fazendo Goku recorrer à Genki-Dama (nessa altura começa a ficar chato pela repetição) e assim o derrota. E, claro, não posso deixar de citar o grudento assovio do Gohan que irrita Piccolo logo no seu treinamento (pirralho chato hein) e ainda é usado como recurso para deter Slug pois a ideia de jerico desse filme é a de que os namekuseijins são vulneráveis a sons em frequência muito agudas. Astuto como é, Piccolo arrancou suas orelhas. Por que será que Slug não fez o mesmo enquanto era torturado? No mais, o título é praticamente enganoso visto que não é feita nenhuma menção a respeito do Super Saiyajin associada à transformação executada com o clássico jeitinho chamado "poder tirado da bunda".
Espaço que ocuparia na linha do tempo: O filme foi lançado em 19 de Março de 1991. Nesta época rolava a saga de Freeza na TV japonesa. Pelas datas, Goku ainda não havia transformado-se em Super Saiyajin ainda. O episódio mais próximo do lançamento do filme é o 82, "A segunda transformação de Freeza", ainda faltava um bom número de episódios para se chegar ao grande momento em que Goku transforma-se pela primeira vez. Lembro de já ter lido que o False Super Saiyajin era uma versão incompleta porque Toriyama ainda não tinha concebido o visual definitivo, mais ou menos assim que vi, é bom duvidar e pesquisar, minha memória é meio troll. O cabelo do Gohan ainda está com penteado do início da saga supracitada (não é nem antes e nem depois) e é o único detalhe que serve de guia e ainda assim é insuficiente. Sendo assim, essa trama do Slug não se encaixa em nada na cronologia.
14º lugar: (Z) Filme 07 - O Retorno dos Androides (1992)
A Toei já esboçava uns traços discretos de falta de criatividade (que só viria a atingir o ápice dois anos depois, como bem falei mais acima) na fase em que os androides estavam em alta na história e aproveitaram para desenvolver um enredo que faz uma ruptura no original. Eles alteraram completamente o contexto da primeira luta contra os androides (19 e 20) de uma maneira meio porca, mostrando a morte do Gero pelo Nº 17, tal como acontece no anime e no mangá, porém dando atenção a outros novos personagens também androides curiosamente mais poderosos mesmo com números inferiores (Nº 13, Nº 14 e Nº 15). O supercomputador do Dr. Gero os despertou (ou foi o óleo do seu corpo robótico que caiu por cima do aparelho que ocasionou essa reação?) e aí se inicia o mote central de um bom battle shounen trazendo a justificativa perfeita para fazer os personagens saírem na porrada. Enquanto isso, Goku, sua família e seus amigos fazem compras no shopping arrastando também Mirai Trunks. Os visuais dos androides são inventivos e oferecem desafios aos guerreiros Z que levam muita surra (gostaria de saber a razão pela qual os personagens, todos de alguma forma, são fracos nos filmes) mas no meio do sufoco garantem sucesso. É isso que o média-metragem fornece: Um show de lutas difíceis para os guerreiros Z em boas "coreografias". Outra vez Vegeta é o esquecido do churrasco que aparece do nada para se juntar à festa (levar uma coça também). E outra vez Goku dá conta do recado com a Genki-Dama. Opa, mas com uma diferença que merece um olhar mais atento e é uma ponta criativa dentre esse marasmo de pegar carona na saga em vez de criar história original. Ele teve a proeza de fundir a energia da Terra concentrada com a sua aura de Super Saiyajin e prender o (apelão) androide 13 que é despedaçado. Engraçado que Vegeta e Piccolo terminam sozinhos numa geleira de costas um pro outro. Além disso tem o típico "vamos levar nossa luta para um lugar inabitado". Dragon Ball quando quer ser porradeiro tem disso.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Como os roteiristas espertinhos mudaram as circunstâncias da saga, o que resta é fingir acreditar que isso é ambientado em alguma linha temporal que Mirai Trunks visitou (e onde os guerreiros também foram mortos). Até porque os androides 17 e 18 saem tranquilos do laboratórios após a morte de Gero e não aparecem mais ou sequer são citados posteriormente. Nesse ponto da história, os guerreiros estavam atrás da porta que Trunks destrói. Nº 16 não é despertado. Talvez Gero teve um acesso de pressa e quis acordar logo o que considerava suas criações mais bem condicionadas a matar Goku. Mas se os androides "inferiores" deram tanto trabalho para os heróis, o cientista devia ter conhecimento da extensão de suas forças e toma-los como uma retaguarda até que 17 e 18 estivessem prontos para despertar. Podemos supor que ao voltarem para a cidade os guerreiros Z se depararam com 17 e 18 provocando destruições e terror e devido ao esgotamento por conta da batalha anterior, principalmente de Goku, os guerreiros foram facilmente derrotados e consequentemente mortos. É isso aí, uma linha temporal diferente.
13º lugar: (Clássico) Filme 03 - Uma Aventura Mística (1988)
O terceiro filme da série clássica é basicamente uma colcha de retalhos. O que faz dele uma aventura menos suculenta de se acompanhar. Uniram os treinos de Goku e Kuririn com o Mestre Kame, o Torneio de Artes Marciais, as forças Red Ribbon e o núcleo formado por Tenshinhan, Chaos e Mestre Tsuru (originalmente introduzidos na saga do 22º torneio). Não ficou uma bagunça completa, mas faltou pouco, embora não tenha originado um desaste total. Chaos virou um imperador (x_x) de um país chamado Mifan, local onde acontece o torneio, que está à procura da princesa Lan Lan e para isso é ordenado que sejam coletadas as esferas dor dragão para localiza-la. Bora e seu filho (ou filha, sei lá) Upa (pirralho chorão e catarrento) também participam da competição (na verdade, apenas o Bora). Temos uma dose extra de combate entre Goku e o mito dos mitos Tao Pai Pai (a melhor rivalidade para um combate a nível terráqueo com Goku). Mas acho que puseram Arale no meio para evitar perda de tempo e mais dificuldades pro Goku com um oponente apelão. O destaque da Red Ribbon é deveras reduzido por conta de todo o estardalhaço do torneio e o objetivo central da trama. A surpresa foi que a tal da Lan Lan ñão passava de um boneca (Ò_Ó) que Chaos havia perdido. As esferas do dragão, no meio do fuzuê, caíram num buraco no mar e a última delas que estava com Goku foi jogada e convenientemente caiu no mesmo buraco para que Shenlong fosse chamado. Alguns eventos ocorridos no anime são retratados de formas diferentes, como a subida à Torre de Karin e a facilidade com a qual Goku chega até ela (sendo arremessado diretamente heheh). Uma mistureba que pega tudo até então trabalhado, bate no "liquidificador" e o resultado é essa produção que dentro da franquia não tem muito a dizer.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Nenhum, haja vista que pegaram três sagas e aceleraram eventos relativamente importantes e modificaram muitos seguimentos, tudo praticamente numa tacada só, ficou uma coisa muito comprimida. Segue o padrão do clássico de recontagem, mas neste aqui não tem o menor cabimento da maneira como foi feito.
12º lugar: (Z) Filme 14 - Batalha dos Deuses (2013)
Não é de se estranhar que o longa (genuinamente longa-metragem) lançado após 18 anos do fim da fase Z ocupe esta posição para quem pelo menos não ignorou o link disponibilizado no início. Batalha dos Deuses não disse a que veio em decorrência de querer tentar uma façanha que o engrandecesse como produção que reconfortasse o espírito nostálgico dos fãs. Especificamente, esse feito aparentemente impossível seria mesclar a comédia bobinha do clássico (lá a realização arrancava umas risadas) com a ação e carga dramática do DBZ. Falhou miseravelmente. Dedicaram tempo exagerado à (atualmente desnecessária) gangue Pilaf em interações forçadas com Goten e Trunks só pra preencher lacuna de tempo num filme que evidentemente dispunha de pouco a apresentar (a trama se resume literalmente em Bills obcecado em encontrar o Super Saiyajin Deus, conhecer Goku, vir à Terra, provocar confusão e finalmente ter sua luta) e isso é o menor dos problemas que ele escancara. Vegeta e a dancinha do bingo com aquela desculpa de sacrificar o orgulho para apaziguar o humor instável do Bills foi escabroso de deixar sem palavras (antes ser feito de outro modo do que expondo o príncipe ao ridículo né?). Fora isso, nem tudo é um mar de merda, afinal os aspectos técnicos falam por si na sua primorosidade, acertaram o tom em muitas camadas, os efeitos 3D não prejudicam a experiência agradável de ver a luta entre Goku e Bills. Porém, contudo e todavia, este é um filme que apostou numa execução muito confiantemente e que só veio a acertar de fato pouco tempo depois (com o advento de Dragon Ball Super em 2015). E o Super Saiyajin God... é méh (aquele ritual ¬¬).
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Até a estreia de Dragon Ball Super, a adequação deste filme valia como se passando alguns meses (acho que uns seis... me desculpem, minha memória é duvidosa) após os eventos da derrota de Kid Boo. Mas com a recontagem na então nova série, ele passou a ser desconsiderado da cronologia por certas diferenças e por um tempo, assim como seu sucessor, pôde ser visto como uma aventura canônica ao contrário dos 13 anteriores.
11º lugar: (Z) Filme 08 - O Poder Invencível (1993)
Chegamos a um terreno meio polêmico. O longa de estreia de um dos vilões mais superestimados da franquia (talvez até mais que Freeza, este sim o melhor vilão disparado) dividiu opiniões por um longo tempo e quiçá é considerado por muitos como o melhor filme (oh céus...). Ó enredo se sustenta no tal mito do Lendário Super Saiyajin (algo recentemente esclarecido por Toriyama que falou ser Yamoshi o detentor real dessa alcunha) atribuindo a Broly, a grande ameaça, esse título. Incluiria-se no Top 10 se não jogasse tantos elementos inconsistentes que lhe retiram muitos pontos. O pior deles, claro, é a motivação de Broly (quando bebês, Goku e Broly ficavam lado à lado no berçário e Goku incomodava Broly com seu choro irritante... e por isso o odeia, como se fosse perfeitamente plausível ele manter suas lembranças de quando era recém-nascido x_x). Paragus, o seu pai, deseja vingar-se de Vegeta pelo que seu pai tentou fazer ao seu filho no passado quando o planeta Vegeta ainda estava intacto, indo à Terra como um falsiano o saudando como Rei para convida-lo a uma viagem intergalática na busca pelo Lendário Super Saiyajin (obviamente que com o Broly naquela aparência e expressão tristonha ninguém iria desconfiar, certo?) que estaria destruindo galáxias pelo universo. Na verdade, Paragus é de fato o arquiteto maquiavélico de tudo isso, enquanto Broly não passa de seu artifício. O pai e o filho são, respectivamente, o cérebro e o músculo (e põe músculo nisso) desse plano. É até minimamente sagaz levar a galera toda pro planeta, inclusive o seu alvo, quando um cometa está em rota de colisão com ele para o momento oportuno. Curioso notar que Broly em sua forma Berserker não expressa comportamento tão irracional - como já falei mais acima -, ele se mostra consciente do que faz e está disposto a acabar com Goku por todo o sofrimento (hahahah) que lhe causou. No tocante à porradaria, não decepciona por ser quase ininterrupto (mesmo com todo mundo, sem exceção, levando um sarrafo pra nunca mais esquecer), tem seus momentos pontuais de destaque (Piccolo dando lição de moral no Vegeta, com direito a puxão de cabelo, é sempre impagável hehehe), porém desperdiçou muito potencial para que obtivesse a chance de ser uma história melhor construída. Com esse "background" (parecendo ter sido escrito por um roteirista com idade mental de 6 anos), Broly acaba por ser reduzido a nada mais e nada menos que uma piada. Três observações: 1) Piccolo ter aparecido do nada, assim como Vegeta nos filmes 06 e 07, e adivinha... pra salvar o seu filho adotivo, Gohan. 2) A resolução do conflito é brochante por depender de "poder da amizade" possibilitando Goku a derrotar Broly com apenas UM golpe. 3) Broly escapou ileso da explosão da destruição do planeta depois de ter voltado à forma base e pego uma nave pra fugir?
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Trunks está cabeludo e Gohan já acessa o Super Saiyajin plenamente. Podemos situar esse filme como se passando entre os 10 dias que antecedem o torneio de Cell. No entanto, como não pode faltar um detalhe arrebatador que faça desmoronar qualquer possível encaixe, deve-se lembrar que Goku e Gohan estavam mantendo suas formas Super Saiyajin (conhecido como Super Saiyajin Full Power, não acredito que seja uma denominação oficial) nesse período. Tem a entrevista de emprego do Goku, a ChiChi pode tê-lo forçado a retornar à forma base para essa ocasião, mas pensando bem nem a ChiChi no grau mais acentuado da sua TPM arrastaria o marido pra um compromisso terráqueo quando o mundo inteiro estava bastante tenso com a ameaça de Cell. Em suma, não tem muita lógica. E por qual motivo Gohan faria o mesmo? O Full Power precisa de uma espécie de sincronia, afinal?
10º lugar: (Clássico) Filme 01 - A Lenda de Shenlong (1986)
Não sei, tem quem vá me achar maluco de colocar um filme do DBzinho superior ao glorioso, magistral e esplêndido filme do ainda mais glorioso, magistral e esplêndido Broly. Mas não se surpreenda, porque apesar do clássico ser bem datado eu ainda nutro um carinho muito especial por ele. E por que não? É a série que deu origem a tudo que apreciamos hoje no omniverso de Dragon Ball. A Lenda de Shelong reconta o início da série em grande parte. No seu primeiro ato temos o icônico encontro de Goku e Bulma, dois mundos extremamente distintos, para posteriormente se unirem na procura pelas esferas do dragão. A partir do momento em que Goku mostra sua esfera de quatro estrelas à Bulma e ambos fecham parceria, as diferenças gritantes começam a despontar. Um tirano Rei chamado Gourmet quer acabar com a sua gula excessiva num pedido à Shenlong ou para que lhe dê a comida mais saborosa do mundo que o satisfaça definitivamente. É aquele enredo bem básico: Os capangas roubam as esferas, Goku vai atrás dele, no meio do caminho conhece novas pessoas (Oolong, Yamcha e Pual são introduzidos praticamente de uma vez só, mas relevemos pois trata-se de um média-metragem de 50 minutos e a releitura funciona numa visão mais ampla) e se encaminha para combater seus obstáculos e salvar o povo, explorado pelos subordinados de Gourmet na escavação de umas pedrinhas preciosas, que sofre com os abusos do reinado. A Suno, a menina da aldeia do Norte, também está presente, precocemente apresentada (numa comparação entre os enredos), mas em nenhum momento ouvi seu nome. Incrível como é possível vislumbrar um subtexto nessa trama: Há uma civilização pobre que necessita de renovação urgente por estar subjugada por um império escravizador e logo no momento em que Shenlong aparece para conceder os desejos, Bulma e Yamcha demonstram suas intenções particulares em detrimento das causas maiores. O egoísmo humano é elucidado no momento conveniente. Bulma quer um namorado bonito e Yamcha anseia por perder a timidez com garotas. E aí surge a questão de um milhão? O que você pediria às esferas do dragão se pudesse ter apenas um único desejo? Ressurreição de pessoas inocentes mortas ou algum objeto que você tanto cobiçava mas nunca pôde comprar? Ou uma fortuna milionária? Goku, com seu puro coração, agiu no instante certo e todo aquele povo viu a vida sorrir novamente.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Nenhum, pois se trata de uma releitura dos primeiros eventos da série com modificações significativas formando um contexto ligeiramente diferente. Pilaf e seus comparsas parecem não existir nesse universo à parte e foi até meio estranho não serem citados ou feito aparições pequenas que não influenciassem na trama (como a equipe Rocket em alguns pokéfilmes).
9º lugar: (Clássico) Filme 02 - A Bela Adormecida no Castelo Amaldiçoado (1987)
Esse filme, o segundo da série clássica, dá sequência ao antecessor cobrindo o treinamento de Goku e Kuririn sob os ensinamentos e orientações do Mestre Kame. É metade repeteco, metade história diferente. A primeira tarefa, que em nada acrescenta ao desenvolvimento dos garotos, é trazer uma garota que atenda aos requisitos do velho tarado (ter peito e bunda avantajados e que saiba cozinhar é o pacote básico hahah). Nada menos do que o esperado de uma trama simples como uma missão de resgate até a Mão do Diabo onde residem demônios hostis que aparentemente aprisionam uma bela moça chamada de Bela Adormecida pelo Mestre Kame ao compartilhar a história com os discípulos. E vem com um plot twist surpreendente: a garota em apuros na verdade é um diamante azul que é um item a ser usado para o plano de Lúcifer, o diabão, de fazer a escuridão recair no mundo. E como fazer isso? Destruindo o sol, não há outro modo menos drástico e insano (Mestre Kame destruiu a lua, o Dragon Ball clássico, a princípio, tinha desses arroubos de gag). Além do filme trabalhar uma boa inserção de Lunch na trama como sua estreia, o cerne do filme poderia sem problemas ser incorporado ao seguimento do anime mesmo que fosse filler de uns três episódios a fim de turbinar a jornada de fortalecimento e aprendizado dos futuros guerreiros Z (e melhores amigos já que nessa época Kuririn tinha uma índole oposta a Goku).
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Durante o treino dos garotos, obviamente. É um cenário bem mais dinâmico para ser encaixado livremente, mas tiveram de seguir o curso original.
8º lugar: (Z) Filme 05 - Uma Vingança para Freeza (1991)
Aqui tem início a bilogia do Cooler, irmão do Freeza, em um filme cujo título diverge do seu conteúdo haja vista que a raça de Freeza é desprovida de compaixão pelos seus semelhantes, dito isto é praticamente impossível enxergar no irmão mais velho do Imperador do Mal algum traço de remorso ou pesar diante do conhecimento daquilo que levou à morte de Freeza. Não tem como ser "que tristeza, meu irmão está morto, esse maldito saiyajin pagará caro pelo seu ato!" quando na verdade é "ah então Freeza perdeu pra um saiyajin, que frouxo idiota, vou lá conhecer esse cara, quem sabe posso derrota-lo e me provar o mais forte da raça". Toda a construção da tensão em torno da chegada de Cooler à Terra é bem fora do que foi com Freeza e seu pai no anime. Cooler e seus soldados (os caras de uma ombreira só =P) chegam de fininho, sem barulho e pegam Goku, Gohan e Kuririn desprevenidos. Yamcha e Tenshinhan tomaram chá de sumiço, nem deram as caras (de qualquer forma, não iam fazer diferença na luta). O irmão de Freeza até que não parece ser uma versão requentada, particularmente vi um esboço de personalidade própria na sua interação com Goku em meio ao divertido e bem tracejado confronto numa região inabitada da Terra (um cenário deliciosamente favorável no anime). Ele não aparenta ter desejo de poder imperial como o irmão. Apenas quer se auto-afirmar como um ser extraordinário da sua raça, ou seja, superando Freeza. Não tem nada de vingança nesse rolo. Imagine um funeral dos frost demons (como comumente são chamados os membros da raça, não é uma nomenclatura oficial, vale frisar). Aliás, eles não devem fazer funerais e nem memoriais. O ritmo ágil do média-metragem proporciona o que Dragon Ball geralmente fornece sem tirar e nem pôr. A maior inutilidade fica por conta do dragão amigo de Gohan com o qual desperdiça uma semente dos deuses para voar mais rápido e chegar à caverna onde Kuririn se refugiou com um debilitado Goku - levou um ataque de Cooler nas costas e fraquejou uns 200%. Decisão incompreensível de manter essa criatura sem graça que devia ter se restringido ao terceiro filme. Minha implicância com o dragãozinho se explica por Gohan simplesmente conseguir voar, não precisando dele pra merda nenhuma (e o garoto ainda sobe a torre de Karin como Goku fizera no passado, se isso foi intenção de referência... foi patético). Goku se recupera e enfrenta Cooler com seu último recurso no gran finale, o Super Saiyajin - na época uma novidade de fazer qualquer espectador babar. Embora Goku tenha derrotado Cooler com um Kamehameha sem a posição exata pra fazê-lo (tinha uma bola´gigantesca de energia laranja quase esmagando-o e, segundo Cooler, apropriada para destruir o planeta), temos um filme que propõe uma interessante expansão que poderia ter convencido Toriyama.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Gohan ainda com o cabelo "tigelinha" e Goku com o gi das duas primeiras sagas (com a diferença que o kanji não é o do Sr. Kaioh como em parte da Saga dos Saiyajins e da de Freeza, me pareceu o da Escola Tartaruga). Bulma não está presente no acampamento (talvez estava no tchaca tchaca com o Vegeta nessa hora hahah). Aparentemente se ambienta entre os três anos úteis para treinar contras os vindouros androides. Mas por que inventariam de acampar com uma tragédia anunciada? Cronologicamente se passaria alguns meses ou um ano depois a vinda de Freeza e Rei Cold à Terra, as derrotas de ambos por Mirai Trunks e a volta de Goku. Mas novamente vou culpar o cabelo do Gohan. Sim, pois nos eventos da estreia de Mirai Trunks ele já havia retomado o corte anterior (cabelo mais comprido com umas pontas pra cima). Por esse mísero pormenor, Uma Vingança para Freeza não se atrela a nenhum ponto da história principal.
7º lugar: (Z) Filme 01 - Zona Mortal (1989)
Você poderia descartar o plot desse filme como lixo só pelo fato dos subordinados do Garlic Jr. (um vilão com bastante potencial para usos mais inventivos, devo dizer) sequestrarem o Gohan sendo que o objetivo era coletar as esferas do dragão e uma delas estava na ponta do chapéu do garoto. É, realmente não faz sentido, mas poderíamos aceitar (ou fingir) que esses soldados são muito tapados para não se darem conta de que o portador da esfera é desnecessário. Mas ia ter pano pra manga sem isso? O maniqueísmo da trama consiste em Kami-Sama - ativo no seu embate contra seu algoz - e Garlic, dois seres que antes disputavam o post de Deus da Terra e com a vitória do namekuseijin Garlic enviou seu séquito de demônios para retaliar, mas foi derrotado e mandado direto para uma dimensão das trevas. Seu ardiloso filho continuaria de onde ele parou. Raramente eu vejo um antagonista se dar bem tão facilmente. Freeza em sua saga chegou próximo de obter a vida eterna. Garlic Jr. torna-se imortal com o pedido à Shenlong e também um páreo duro para Goku e Piccolo numa aliança forçada (o típico o inimigo do meu inimigo e blá blá blá) e naquela altura era interessante assistirmos a relação dos dois - Piccolo foi o primeiro grande rival-inimigo de Goku antes de Vegeta - que até interrompem a batalha contra Garlic Jr. para acertarem as contas. Por que considero este um dos melhores da fase Z? Todo esse núcleo dos makiyoseijins caberia uma exploração bem bacana na série. A sensação que esse filme provoca é um gostinho de quero mais para um personagem e um pano de fundo criativos que fazem imaginar uma saga exclusiva e melhor. Destaques para Gohan bêbado (ou drogado, já que ele estava alucinando) por ter comido uma frutinha, mijando em cima do Kuririn ainda brisado e despertando seu poder oculto do nada - ele estava inconsciente no meio de escombros do palácio de Garlic Jr. e se pararmos para lembrar é plausível que ele libera o poder por gatilhos emocionais, como aconteceu algumas vezes no anime, mas no filme foi repentino e sem fator externo que influísse naquilo, deixando a reação sem lógica.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Antes da chegada de Raditz. Muita gente se ilude achando que esse filme é um dos poucos ou o único que se encaixa. Só que não. Kuririn ainda não conhecia Gohan ao mesmo tempo em que Raditz estava rastreando Goku. No filme, por outro lado, ele já sabe quem é o filho de Goku, tanto é que ele aparece de surpresa para ajudar o parceiro na luta (ChiChi o avisou será? Essas aparições surpresas dos filmes, vou te contar viu...). Outro adendo importante: A animação tá muito bem caprichada e as movimentações de luta são muito fluidas.
6º lugar: (Z) Filme 09 - A Batalha nos Dois Mundos (1993)
É num misto estranho de decepção e contentamento que o nono filme da fase Z figura esta sexta colocação. Decepção por ser outra aventura com background desperdiçado num episódio estendido e contentamento pela ligação sólida que é estabelecida ao cânone. A Batalha nos Dois Mundos não só apresenta um incrível Torneio de Artes Marciais completamente peculiar (numa ilha remota e com vários cenários diferentes artificialmente criados) como também evoca um suspiro criativo que em nada prejudicaria o que já estava talhado na mitologia geral canônica. Bojack e sua gangue são prisioneiros libertados pela quebra do selo decorrente da explosão de Cell no planeta do Sr. Kaioh (Goku novamente sendo o catalisador para inimigos hehehe). Os vilões invadem o torneio e começam uma matança de participantes que deixa a todos horrorizados. Mr. Satan continua sendo o alívio cômico funcional sendo empurrado direto ao campo de batalha saudado como o campeão invencível. A cereja desse bolo apetitoso é Gohan protagonizando o terceiro ato com sua valentia demonstrada no final da batalha contra Cell e repetindo a "mitagem" contra Bojack. É sempre um colírio para os olhos de qualquer fã assistir nosso menino prodígio arregaçar com os oponentes tendo um destaque justamente atribuído ainda que recebesse aquela forcinha do Outro Mundo reprisada sem necessidade. Bojack e seu grupo mereciam sim uma saga.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Algum tempo (não muito) depois dos Jogos de Cell e antes do Torneio do Outro Mundo. Mirai Trunks está cabeludo (e mais parrudo), sinal de que ainda falta mais alguns dias para a sua despedida. Gohan veste um gi similar ao do pai em homenagem. Não há dúvidas, esse filme se adequou perfeitamente à cronologia. Como sempre tem um porém para estragar tudo. Ou nem tanto. A menos se você considerar um erro de lógica Goku se teletransportar morto do Outro Mundo para a Terra no ímpeto de salvar Gohan das mãos de Bojack. Para quem se liga nos detalhes sabe que é possível transitar entre as duas dimensões estando vivo (Goku teletransportando Cell ao planeta do Sr. Kaioh é prova disso e Dragon Ball Super explorou isso sem preocupação) mas para garantir uma passagem na Terra na condição de morto só tem direito a um dia (isto sob a tutela da Vovó Uranai). Portanto, Goku ir até lá ajudar seu filho é completamente ilógico partindo da diferença explanada anteriormente.
5º lugar: (Z) Filme 03 - A Árvore do Poder (1990)
Erroneamente chamado aqui no Brasil de Dragon Ball Z: O Filme por ter sido lançado nos cinemas no ano 2000, o terceiro filme da fase Z é demasiado focado no protagonista, fazendo ressurgir a questão de como seria Goku se não tivesse batido a cabeça ainda criança dado o seu comportamento agressivo antes do acidente que implicou na mudança de caráter. A personificação disso se molda em Turles (ou Tales), uma contraparte do que Goku tornou-se. A semente de um Goku maligno já havia sido plantada naquela época, algo que veio a ser resgatado de uma outra forma em Dragon Ball Super mais recentemente (porém, trabalhada de forma mais direta no anime de Dragon Ball Heroes). Acho que estou deixando bem claro que os filmes Z que compõem o Top 10, em grande parte, são (ou pelo menos eram) os merecedores de um arco no anime. Não tem mistério: A rivalidade em combate entre Turles e Goku é delineada de modo natural e com Gohan no meio como uma peça emocionalmente frágil para imbuir o conflito de carga dramática isto só tem a crescer. A primeira formação dos guerreiros Z bate de frente com os asseclas de Turles após a árvore que drena os nutrientes da Terra ter atingido sua maturidade, mas é Goku quem finaliza o show como o melhor deixado ao final em ótimas performances contra os soldados. A resolução pode ser indisposta (e dá-lhe mais Genki-Dama nas fuças do vilão x_x), entretanto há de se concordar que a fonte dessa ideia envolvendo uma figura oposta e idêntica à Goku soa bastante abundante dando visibilidade para um terreno mais fértil. A qualidade da animação tá equilibrada, só os visuais dos soldados estão aquém.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Que surpresa, temos o Gohan outra vez como culpado. O cabelo tá no corte tigelinha que é feito pouco antes da viagem à Namekusei. O problema mesmo é a cauda de Oozaru inteirinha. Ela não tinha sido arrancada por Vegeta na última vez que ele se transformou ao olhar para sua "lua"? O encaixe fica confuso. Podemos imaginar que Vegeta e Nappa ainda não haviam chegado à Terra depois que Goku foi ressuscitado e teve que percorrer de volta todo o caminho da serpente para encontrar Kami-Sama. Mas se a ligação com o anime fosse mais estampada pela boa vontade da Toei, os guerreiros teriam estranhado apenas um saiyajin vindo à Terra contradizendo as últimas palavras de Raditz. No período que se suporia o filme se passar, era para Goku estar no hospital se recuperando da batalha.
4º lugar: (Z) Filme 12 - O Renascimento da Fusão - Goku e Vegeta (1995)
Cheguei ao queridinho de inúmeros fãs. Este é o média-metragem com o enredo mais agilizado que tem, não se perde tempo com quase nada e os principais destaques acontecem nos momentos certos. Um acidente na máquina purificadora causado por um estagiário desleixado o afeta seriamente transformando-o numa criatura que se auto-nomeia de Janemba (em sua forma primária é um monstro gorducho, bobão e gigante que repete o nome inúmeras vezes) e distorce a realidade, seja criando prisões de cristais coloridos (parecem um monte de jujubas =P) ou trazendo os mortos de volta à vida (com a participação de Hitler ainda por cima hahah). Com o caos se alastrando, Goku e Paikuhan são designados a intervir nas travessuras de Janemba. O detalhe tosco se volta ao Paikuhan que precisa libertar o castelo do Sr. Emma-Daioh do cristal gritando ofensas... pois é, o cristal se quebra à medida que se esbravejam xingamentos (x_x) e olha que isso foi descoberto "por acaso". Mas o forte guerreiro da Galáxia Sul (que merecia uma canonização) felizmente não ficou relegado à esse papel e ajudou a distrair Janemba, quando o mesmo havia alcançado sua bem desenhada forma final (e mais ameaçadora), para que Goku e Vegeta realizassem a fusão tranquilamente após uma cômica tentativa fracassada (Gogeta gordinho soltando uns peidos hahaha). A divisão de cenários não é tão estável, logo a batalha no Outro Mundo recebe um holofote considerável enquanto que na Terra, em meio a baderna causadas pelos morto-vivos (com Gohan dando uma boa lição em Freeza *_*), vemos uma distinção interessante de traço cujo sombreamento fica mais grosso promovendo um ar meio cartunesco, essa variação deu um tom bacana. O enredo se divide ainda melhor entre a comicidade e ação. Aconselho aproveitar bem as cenas com Gogeta em seu round final contra Janemba, é um momento que vale cada segundo pela grandiosidade a qual é dotada essa fusão matando os fãs de vontade em ver o guerreiro um dia como um personagem canônico*¹. Além disso, Janemba não fica para trás, ele seria uma adição de peso, mas, claro, numa concepção aprimorada.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Importante que seja lembrado que o torneio no Outro Mundo que está acontecendo no início do filme não é o mesmo da saga filler do anime (o qual antecede a saga Boo). Trata-se de uma nova competição com Goku e Paikuhan tendo uma revanche. As ocorrências se situam na saga Boo. Mas em qual ponto especificamente? Bem, Goku e Vegeta já estão mortos. Goten e Trunks já sabem usar a fusão, tanto é que viram Gotenks no clímax do filme. Pra ser direto, ele não se adéqua. Vamos assumir que é uma realidade alternativa em que Boo foi derrotado por Gotenks (talvez não necessariamente chegou a concluir o ritual do Dai-Kaioshin). Mas considerando isso fica o questionamento do porque não terem ressuscitado Goku e Vegeta com as esferas do dragão. Além do mais, Goku transformado em Super Saiyajin 3 menciona Boo ao dizer à Janemba que ele foi o primeiro a testemunhar aquela transformação. Ou seja, ele existiu, porém vencido mais cedo. Não tem como ser posterior à derrota de Kid Boo pois Goku tinha recebido a vida do Dai-Kaioshin e por consequência foi ressuscitado e Vegeta foi condicionado a um dia na Terra.
3º lugar: (Z) Filme 15 - O Renascimento de Freeza (2015)
Calma, não me xingue mentalmente, por favor. Posso imaginar como vários fãs torceram o nariz para muitas das decisões que esse filme tomou, mas temos que saber filtrar os prós e contras com sabedoria. Pra quem leu a review antes de conferir a lista e não achou a experiência com o filme tão agradável quanto eu (podendo ter apreciado mais Batalha dos Deuses), deve ter se surpreendido com a nota. Ratifico: O longa resgata velhas sensações de quando víamos um episódio na TV - sobretudo com doses cavalares de porradaria -, algo que Batalha dos Deuses não conseguiu pelo deslize de unir comédia e ação de duas fases diferentes do jeito errado e o filme se preocupou muito pretensiosamente nisso. Renascimento de Freeza, graças a competente direção de Tadayoshi Yamamuro, exalta com vigor uma parte indispensável da essência da obra e isso fica evidente quando os guerreiros Z caem na pancadaria contra o numeroso exército de Freeza. Como uma ode ao que a fase Z ofereceu de melhor em sete anos de transmissão. A reciclagem de um vilão datado como Freeza pode não empolgar a quem nutre anseio por novidades substanciais na franquia, contudo a execução de sua vingança, a despeito dos equívocos (como o treinamento de 4 meses ao ponto de desbloquear uma nova e pouco criativa forma), garante tudo aquilo que nos enchia os olhos quando vidrávamos na tela: Excelentes sequências de luta inseridas num enredo que se saiu muito mais eficiente e inventivo em respeitar a alma da aclamada etapa da obra do que a tentativa frustrada do seu antecessor.
2º lugar: (Clássico) Filme 04 - Em Busca do Poder (1996)
Esse último filme da fase clássica nada mais é do que um item comemorativo de 10 anos da franquia. E como tal ele consegue o êxito de ser muito além. Segue a fórmula do primeiro na repetição da origem com diferenças pontuais. Destaque para Bulma com cor de cabelo diferente (em muitas ilustrações alguns personagens exibem cores diferentes seja na pele, no cabelo ou em indumentárias), esbanjando um tom claro de roxo aliado à pele "bronzeada" de Goku, coisa que remete a como o personagem foi retratado em Dragon Ball GT. Por falar nisso (gostaria que não rs), o filme reaproveita algumas BGMs (instrumentais) da série e o filtro emula quase que perfeitamente cujo efeito de movimentação, quando a "câmera" se movia para os lados, ficava meio "borrado" ou dando uma sensação de "tremido", era um incômodo leve e irrelevante que aqui mal é perceptível. Os pontos ressaltantes são Bulma com condutas questionáveis para com Goku (vamos fingir que ela atirou com balas de borracha, talvez ela pensou que fosse algum animal selvagem ou bandido que bateu no seu carro e agiu em legítima defesa) como por exemplo estimulando o garoto a tocar nas suas partes íntimas, mas não é só nisso que a mulher mais rica do mundo se mostra equivocada (pra não dizer idiota), quando Goku brinca com Oitavo jogando bolas de neve ela fala "que criação"... mas o Goku é uma criança, afinal (x_x). Como peça de auto-homenagem é um longa muito espirituoso. O obstáculo para a busca pelas esferas do dragão é a Red Ribbon com passagens familiares e aceleradas trazendo figuras pertinentes e conhecidas. Pilaf e seus comparsas foram varridos da existência, totalmente desconsiderados (o que por um lado é até bom). Goku chorando a morte de Oitavo é emocionante (mesmo que tenha o conhecido em pouquíssimo tempo pra ficar tão furioso) e as sequências de ação com o garoto metendo a sova nos soldados da Red Ribbon são de uma velocidade estonteante. É uma condensação de eventos que demonstra um saldo positivo incomparável. Um reboot de Dragon Ball para não se jogar fora pois quem é fã de verdade jamais se cansa desse começo.
1º lugar: (Z) Filme 13 - O Golpe do Dragão (1995)
Mas o que esse média-metragem tem o que os outros 12 não tem? Bem, ele não faz trapalhadas dignas dos filmes 11, 10, 04 e 06, ele possui um background sustentável para uma saga e mais um pouco que faz grande diferença em relação a todos os outros. A história de Tapion teve o aperitivo necessário para fisgar o interesse do espectador em ver aquilo ser explorado aprofundadamente (no estilo Dragon Ball, claro, pois não é o tipo de obra pra fazer entrar numa crise existencial sobre os mistérios da vida e do universo). Se existe um filme com mérito indiscutível para um arco próprio, é O Golpe do Dragão sem dúvida alguma. Um link com a cronologia original se faz com Trunks fascinando-se por Tapion num vínculo realçado pela espada do guerreiro conectando à contraparte do futuro do garoto. Os guerreiros Z enfrentam uma criatura chamada Hildegarn cuja metade (da cintura pra baixo), juntamente com o bravo guerreiro Tapion, escapou da caixa de um velho chamado Hoi que faz pose de bom moço pra enganar os trouxas (em especial o Goku). A outra metade da criatura escapa pelo corpo de Tapion (há todo um interessante passado sombrio envolta e com um toque emocional relacionado ao irmão do personagem) que precisa tocar a aprazível melodia de sua ocarina para aprisiona-lo de volta e impedir que ele complete-se e espalhe o caos - o que não demora a ocorrer e os guerreiros intervém, até mesmo Vegeta que se vê obrigado, pela primeira vez, a proteger diretamente pessoas inocentes dos ataques de um vilão. Ainda tem o bônus de uma gloriosa técnica "nova" de Goku que dá o título da trama. Tá pra nascer um filme que repita esse potencial.
Espaço que ocuparia na linha do tempo: Juntamente ao filme 09, O Golpe do Dragão é sim possível de ser encaixado num ponto do enredo original. Não temos nada, nenhum indicativo que vá contra (nem cabelo do Gohan =P). Poderíamos afirmar que esses eventos se passam poucos dias depois da derrota de Kid Boo. O Fat Boo, a metade boa que se desprendeu, não é visto, porém Mr. Satan, com o qual tem uma relação bem próxima, também não dá as caras. Nada que impeça a adequação. Videl e Gohan voltam a estudar e podem estar ali nas preliminares do relacionamento, hipótese fortalecida pela cumplicidade dos dois como uma dupla de heróis - Saiyaman 1 e 2. Nunca se esquecer também que Bulma oferece uma máquina do tempo para Tapion retornar mil anos ao seu planeta natal e voltar ao passado incorre na criação de uma linha temporal alternativa que existe independentemente da qual o viajante veio.
________________________________________________________________________________
Dragon Ball Super: Broly estreou hoje nos cinemas do Japão e quem sabe futuramente eu elabore um ranking atualizado com ele incluso. É trabalhoso, mas não dá pra reclamar da diversão que é simplesmente falar de Dragon Ball.
*¹ Atualização de última hora: A canonização de Gogeta é uma realidade, atendendo as preces de inúmeros fãs ao redor do mundo. A confirmação veio no mês passado, mas essa postagem foi escrita em Outubro (quando ainda duvidava disso).
*As imagens acima são propriedades de seu respectivo autor e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.
*Imagens retiradas de: http://www.thementes.com.br/conheca-os-filmes-de-dragon-ball-z-parte-1/
http://combopop.com.br/10-curiosidades-sobre-o-broly-que-voce-precisa-saber/
https://www.somosxbox.com/broly-personaje-secreto-de-dragon-ball-xenoverse/22202
https://nerdificador.wordpress.com/2011/05/30/dragon-ball-z-o-retorno-de-cooler/
http://www.planocritico.com/critica-dragon-ball-z-o-homem-mais-forte-do-mundo/
http://pt-br.dragonball.wikia.com/wiki/Super_Saiyajin_Falso
http://pt-br.dragonball.wikia.com/wiki/Dragon_Ball_Z:_O_Retorno_dos_Androides
http://www.planocritico.com/critica-dragon-ball-a-aventura-mistica/
https://www.genkidama.com.br/trocaequivalente/2013/07/17/divulgado-o-poster-nacional-de-dragonball-a-batalha-dos-deuses/
https://www.einerd.com.br/dragon-ball-15-fatos-sobre-broly-o-lendario-super-saiyajin/
https://ptanime.com/dragon-ball-a-lenda-de-shen-long-filme-analise/
https://ptanime.com/dragon-ball-o-castelo-fantastico-analise-filme/
https://www.einerd.com.br/novo-anime-de-dragon-ball-mostrara-nova-transformacao-de-cooler/
http://pt-br.dragonball.wikia.com/wiki/Dragon_Ball_Z:_Devolva-me_Gohan
http://nuuvemamarela.blogspot.com/2016/08/dragon-ball-z-batalha-nos-dois-mundos.html
http://casadokame.blogspot.com/2013/07/filme-dragon-ball-z-arvore-do-poder.html
http://pt-br.dragonball.wikia.com/wiki/Gogeta
http://www.nivelepico.com/2015/06/17/dragon-ball-z-o-renascimento-de-freeza/
http://pt-br.dragonball.wikia.com/wiki/Dragon_Ball:_Em_Busca_do_Poder
http://pt-br.dragonball.wikia.com/wiki/Dragon_Ball_Z:_O_Ataque_do_Drag%C3%A3o
0tistuWce_e Keith Sacra click
ResponderExcluirkitticudi