Capuz Vermelho #3: "Uma visita ao colecionador"


"E foi assim que comecei a caminhar livremente e imprevisivelmente... dentre as trevas e a luz, minha aflita alma foge de fantasmas do passado que fazem-me lembrar daquele que me segurou no colo apenas uma vez. Honrarei ele usando esse manto. E prometo à mim mesma derrubar a crença e a postura arrogante desses malditos... e fazer com que nem mesmo minha sombra seja visível à eles."

                                                                                          Trecho do diário de Rosie Campbell; Pág 35.

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CAPÍTULO 03: UMA VISITA AO COLECIONADOR

Ao chegarem ao quase deserto vilarejo de uma cidadezinha não muito populosa, Rosie e Hector pensaram primeiramente em se acomodarem em algum hotel. Caso não obtivessem sucesso na procura, dormir ao relento seria a única opção viável. Caminharam, olhando para todos os lados. Casas que denotavam a classe média das pessoas residentes, cães e gatos correndo, pessoas indo e voltando... um monótono e comum dia naquele lugar sem atrativos. Uma espécie de anúncio onde mostrava a foto de uma pessoa desaparecida fora encontrado por Rosie colado em um poste, chamando sua atenção de imediato.

- Hector... olha isso. - disse ela, puxando levemente a manga do sobretudo do rapaz.

No papel, além da foto, estava escrita a seguinte mensagem: "Homem desparecido a 10 dias. Suspeita-se que ele fora pego e morto por um dos 'lobos-demônios' que há tempos vêm espalhando o terror na cidade, principalmente na vila. Queremos estar errados sobre tal suspeita. Portanto, se tiver alguma informação ligue para o número que está abaixo [...]"

- Lobos-demônios!? Gostaria de saber o que realmente anda acontecendo por aqui. - disse Rosie.

- É óbvio que trata-se de uma referência às criaturas semelhantes à aquela que matou o meu pai e meu amigo. Se investigarmos mais a fundo, talvez possamos descobrir o mistério por trás da origem delas. - sugeriu Hector.

- Sim... mas antes nós deveríamos procurar um lugar pra dormir. Um hotel, talvez tenha um por aqui. Começamos a investigação amanhã, juntamente com a da que faremos sobre o tio do seu amigo.

- Tem razão. Vamos. Não é possível que não haja um hotel por aqui.

Após muita busca por vários pontos do vilarejo, finalmente conseguiram achar um lugar onde poderiam descansar suas mentes e corpos. Um único hotel existente na cidade. O interior do lugar mostrava-se pior do que a frente. Nada muito sofisticado, nem arrojado. Detalhes ignorados por ambos os viajantes, que, sem titubear, trataram de conseguir uma chave para um dos quartos disponíveis.

Já tarde da noite, como hóspedes muito bem recebidos e acomodados, a dupla, já em suas camas, decidiu por uma conversa em andamento antes de serem vencidos pelo sono.

- Não acho que foi uma boa ideia colocarem camas separadas em um quarto para dois. - disse Rosie, dando uma impressão que fez Hector corar.

- Err... Eu acho bem melhor assim.

- Sério? Por que?

Um silêncio se fez naquele quarto escuro. Logo Hector tratou de desconversar e mudar de assunto.

- Bem... eu espero que o rumo da nossa investigação seja o mais correto possível. Inclusive o de nossa fuga.

- Eu também. Mas não escondo o fato de que estou com medo. - revelou Rosie.

- Fique tranquila. A casa desse homem não deve ser tão assustadora ou o que iremos encontrar lá não deve ser tão chocante, apesar de que dos Red Wolfs pode-se esperar qualquer coisa.

- Não é isso. Me refiro aos... lobos-demônios, mencionados naquele papel. Não sei se isso vem da minha avó, mas... desde que entramos no vilarejo senti algo ruim.

- Pressente que possamos ser uma vítima dessas criaturas em algum momento?

- Acertou. Se há um histórico de mortes causadas por esses seres aqui nessa cidade, certamente não deve ser pouca coisa. O fato da cidade ser pequena só aumenta a suspeita.

- Verdade. Amanhã, durante à noite, vamos tratar de buscar mais informações, mas antes iremos até à casa do tal homem... estou curioso para saber o que ele coleciona.

- Certo. Boa noite.

- Boa noite, Rosie.

Ambos desligaram os abajures simultaneamente, como se talvez estivessem querendo que aquilo acontecesse. Uma sensação prazerosa subiu à cabeça de Rosie por causa disto, fazendo-a soltar um largo sorriso antes de cair no sono. A estadia seguiu tranquilamente normal durante a manhã do dia seguinte, resumindo-se em idas à biblioteca central do vilarejo, divertidas corridas pela pequena floresta próxima à área nobre, comes e bebes em um restaurante único e um belo descanso no fim de tarde com direito a mais uma sessão de leitura.

A noite caíra em um abrir e fechar de olhos, deixando-os atentos para a missão que deveriam cumprir. Trataram imediatamente de preparem-se, principalmente Hector, com suas armas especiais, para no caso de uma possível emboscada ou armadilha, considerando o fato do tal colecionador ter forte ligação com o "clã vermelho" - outra denominação atribuída aos seguidores de Abamanu. Seguiram para a área nobre da cidadezinha, confiantes de si mesmos na conquista de resultados. O calmo, porém luxuoso, ponto não os tirou a concentração para o que deveria ser feito. Ignoraram a elegância dos habitantes que iam e voltavam sérios e com posturas diferentes das dos outros habitantes, os quais não eram valorizados e tampouco vistos como gente, no entanto, nenhum tipo de atrito por diferenças de classe foi registrado na cidade.

Puderam, finalmente, vislumbrarem a mansão do homem procurado, após lentos minutos de caminhada. Não havia um imenso portão, como se espera de mansões de homens ricos e importantes, o que deu certo alívio aos viajantes na entrada. Hector deu umas três ou quatro batidas rápidas e apressadas na porta. Uma figura alta e magra, vestindo um uniforme típico de mordomos da época, atendeu os visitantes da noite. A primeira impressão foi de uma leve repulsa - em análise às vestimentas da dupla -, logo deixada de lado pelo serviçal. Um sorriso foi se formando aos poucos nele e logo tratou de perguntar.

- Posso saber o que desejam?

- Sim... bem, nós viemos de muito longe para reencontrar um velho amigo. Ele é tio de um amigo meu, que, talvez você saiba, morreu há alguns anos. Ele se encontra no momento? - perguntou Hector, impacientemente.

- Eu sinto em informa-los, mas desconheço a existência de um amigo que Michael tinha, ele nem ao menos mencionava nomes de amigos que possuía quando adolescente. Além disso, o Sr. Morgan encontra-se em pleno estado de convalescença, portanto não quero que o perturbem.

- M-mas nós não viemos para causar nenhum incômodo, somos amigos de infância de Michael, só viemos fazer uma pequena e rápida visita. Sofremos pela morte dele, e me desculpe por termos decidido tão tarde em visitar seu tio, já que não sabemos onde moram os pais dele. - justificou Rosie.

- Ela... tem toda razão. Nunca nos conformamos por perdemos um amigo... tão querido por nós durante a infância. - concordou Hector.

O mordomo os olhou com desconfiança quase abusiva, mas logo compreendeu o propósito da visita.

- Para alguém extremamente detalhista, estas declarações soariam muito forçadas para uma simples visita de caráter bem surpreendente... no entanto, deixarei que passem desta porta, mas tomem o aviso: não prolonguem o assunto da morte do sobrinho... pobrezinho, pode ter um colapso nervoso se ouvir o nome de Michael mais do que 3 vezes.

- Tudo bem. Não faremos nada que cause uma piora no estado dele.

- Sim. Pode confiar em nós. - garantiu Rosie.

Gentilmente, o mordomo proporcionou uma boa recepção. Os dois entraram olhando para os lados do interior da mansão. A espaçosa sala de estar continha pontos vazios, devido aos poucos móveis. Várias janelas retangulares que deixavam a luz do luar iluminar quase que inteiramente o cômodo. Após uma rápida admiração do local, ambos foram conduzidos à biblioteca/escritório pelo estranhamente gentil mordomo.

- Podem esperar aqui mesmo. Ele virá daqui a alguns minutos. Sentem-se nas poltronas. Leiam alguns livros se quiserem. Fiquem à vontade. Só não tentem mexer em alguns arquivos que podem estar em vários pontos da estante.

- Obrigado. Vamos espera-lo pacientemente. - disse Hector.

O mordomo saiu da sala mantendo a mesma postura. Rosie o observou enquanto o mesmo saía, reparando nos trejeitos e expressões faciais. Sua conclusão foi dada com certa temeridade.

- Pra um mordomo gentil, ele está bem desconfiado. Um mordomo de um ex-mordomo... acho que eu é quem devo ter mais motivos pra desconfiar.

- Rosie, não acha perigoso estar com o capuz? Lembre-se de que estamos na casa de alguém que pode ter informações valiosas sobre a sociedade, inclusive uma possível ligação. E elas podem estar escondidas em algum lugar...

- Tudo bem, não me importo com os riscos. Eu estou protegida por esse capuz, e é só o que importa.

- Se diz...

O jovem caçador levantou-se apenas para vasculhar a mesa de escritório do tal colecionador. Rosie, porém, manifestara-se em sinal de desaprovação e medo.

- O que você tá fazendo? Não seria melhor continuarmos a esperar?

- E perdermos tempo!? Não, temos uma chance agora, não vou desperdiça-la. Ele mencionou que os arquivos estavam na estante, provavelmente são parte da tal coleção. Mas nestas gavetas pode haver algo muito além disso. - teorizou Hector, enquanto mexia freneticamente nas gavetas.

- Como o quê, por exemplo?

- Algo que pertencesse ao membro do qual ele já trabalhou. Algum artefato, manuscrito ou qualquer outra coisa que lembre a sociedade. Mas só vejo papéis referentes à advocacia.

- Olha... procure não desorganizar muito... se nos pegarmos em flagrante...

- Fique tranquila. Ele vai demorar bastante pra chegar aqui, ainda mais no estado em que ele está, segundo o mordomo.

Um grosso e empoeirado livro fora encontrado, após Hector remover um fundo falso numa outra gaveta. Em sua capa nada de muito atraente. Somente um tom de bege e um estranho símbolo no centro. Ambos se entreolharam por acharem a descoberta interessante, de modo que aquilo lhes fosse algo deveras vantajoso definitivamente na investigação.

- Como eu desconfiava... a coleção dele está em vários pontos desse escritório, só que muito bem escondida. E eu devo dizer que esse truque de fundo falso está bem batido. - disse Hector, enquanto limpava a extensa poeira do livro.

- Bem, o que consta nesse livro? - perguntou Rosie.

- Olha... como um ótimo investigador, modéstia à parte, eu diria que isso se trata... de uma espécie de bíblia... uma bíblia de Abamanu. E certamente pertencia ao ex-patrão do tio de Michael, e isso prova que ele era membro da sociedade. É evidente que ele coleciona todas as coisas antes pertencentes à esse membro. - concluiu o jovem, enquanto passava inúmeras páginas.

- Verdade? Eles realmente levavam isso bem a sério, por sinal.

- E como levavam. Espera... tive uma ideia!

- Qual?

- Rosie... pegue essas folhas de papel aí empilhadas e um lápis. Veja bem... essa parte final do livro se trata de uma espécie de profecia apocalíptica. É como o Apocalipse da bíblia cristã. Eles seguiam o modelo da religião mais aceita do mundo. Apesar de não ter lido tudo, vamos copiar alguns trechos, se puder, copie todos os versos desta página. Tudo que está nesse capítulo vai nos favorecer e muito.

- É uma ótima ideia... mas... temo que possamos ser pegos. - disse Rosie, vítima do medo.

- Então escreva o mais rápido que puder. Vamos, não temos muito tempo.

Minutos davam a impressão de passarem mais rápidos do que segundos, a partir daquele momento de alta tensão. Ambos escreviam ilegivelmente nas folhas de papel encontradas na mesa, movidos pelo nervosismo. Tal informação seria utilizada como um guia para impulsionar a investigação, no entanto, naquele momento desconheciam o famoso ditado que diz que a pressa é inimiga da perfeição... mas ela ajudaria a escapar de um possível castigo.

Hector, mais calmo e aliviado, guardou os papéis em um dos bolsos de seu sobretudo, após a rápida escrita. O livro fora guardado em seu devido lugar e os outros papéis reorganizados. Rosie e Hector puderam suspirar calmamente ao sentarem-se novamente nas poltronas. Passados uns poucos minutos, surgia o procurado... andando normalmente, sem apresentar quaisquer indícios de uma enfermidade. O mordomo, com uma expressão rude desta vez, veio por trás acompanhando-o.

- Aqui está ele. Façam bom proveito.

- Obrigado Geoff, sua ajuda sempre será importante à mim. - disse o homem, aparentemente fingindo um tom de voz rouco.

- De nada ,senhor. - disse o mordomo, saindo da sala.

Os dois jovens o olharam tanto com insegurança quanto com estranheza. Esperava-se que o mesmo utilizasse uma bengala, aliás, esperava-se um senhor de idade bem avançada, quando na verdade era um recém-cinquentão.

- Muito bem... posso saber o que estes jovens desejam falar comigo?

- Bem... err... achamos que seu mordomo havia lhe dito. - disse Rosie.

- Ele só me disse que duas pessoas altamente desconfiáveis estavam me esperando. São amigos de meu sobrinho, certo?

- Sim, claro. Nós somos sim. Viemos para ver como o senhor estava... pois eu e ela não sabíamos onde os pais de Michael moravam. - disse Hector.

- Oh, por favor. Falando assim você me faz lembrar daquele dia terrível. Eu faria tudo para ver a cara do assassino de meu sobrinho e o mataria por vingança. - disse ele, andando em direção à estante.

- Me desculpe senhor... não foi minha intenção. - amenizou Hector.

O homem permaneceu ali parado, analisando certos detalhes como posição dos livros, quantidade de poeira etc. Rosie tratou de elevar sua desconfiança ao máximo comentando com Hector.

- Pra um homem que está se recuperando de uma doença, ele está exalando muita vitalidade. - disse ela, aos sussurros.

- Sou obrigado a concordar. - respondeu Hector, no mesmo tom.

Em uma parte onde ficavam livros mais velhos, o tal colecionador abriu uma espécie de cofre, após retirar todos os livros que lá estavam. Nele estava contido um pedaço reluzente de algo que parecia ser parte de um artefato ou amuleto. Ficou por minutos ostentando-o com gosto.

- Devem estar se perguntando: "O que ele está fazendo?". - disse ele, sorrindo.

- Sabemos que você é um tipo de colecionador. No entanto, não significa que queremos ver sua coleção. - disse Hector, inseguro.

- Já estão vendo um item dela. Porém, não sou obrigado a revelar a origem deste fragmento.

Hector, em uma análise profunda, logo reconheceu tal pedaço. As linhas nele contidas eram bastante semelhantes as que foram vistas no símbolo presente no centro da capa do livro. A dedução mais óbvia para o jovem caçador é a de que aquele pedaço era parte de um artefato imprescindível para as seitas em culto á Abamanu.

- Bem, já está ficando um pouco tarde... acho que irei dormir. - disse o homem, guardando o fragmento no cofre.

- Nós também estamos pensando em ir embora... não é Rosie? - sugeriu Hector.

- S-sim... nós já vamos. Não queremos mais causar incômodo algum.

- De forma alguma. Qualquer pessoa amiga de meu sobrinho é bem-vinda aqui. Esta visita, apesar de breve, foi muito gratificante à mim. Interessante... você é uma jovem com um estilo peculiar de se vestir... - disse ele, ao analisar detalhadamente as vestes da moça.

- Obrigada... - agradeceu Rosie, logo percebendo que seu capuz estava sendo fitado.

- Você tem algo que me é familiar...

- Err... bem, nós já vamos. Obrigado senhor, espero que se recupere o mais rápido possível. - interviu Hector, na intenção de tirar a concentração do homem no capuz de Rosie.

- Ah sim, claro. Eu quem agradeço. Permita-me acompanha-los até a saída.

Lentamente caminhando pela sala de estar rumo à porta de onde entraram, o homem e os dois jovens viajantes permaneceram silenciosos, sendo apenas os ruídos de seus passos os únicos sons audíveis.

- Espero vê-los novamente. Geoff até pensou em oferecer um café a vocês dois, mas já havia acabado. Me desculpem.

- Não, tudo bem. Nós já havíamos tomado antes de vir.  - disse Hector. - A propósito, o senhor sabe de algo relacionado aos assassinatos que estão ocorrendo na periferia da cidade?

- Ah, não acreditem em tudo que ouvem. Pelas informações que me foram ditas, alguns corpos estão sendo encontrados e dizem que tais pessoas foram mortas por lobisomens demoníacos hahaha... como podem acreditar numa bobagem dessas? - disse o homem, aos risos.

- Pois é... Rosie e eu estamos investigando. Enfim, foi ótimo ter sido tão bem recebido.

- Foi um prazer conhece-los. Vocês estarão livres para verem minha coleção quando quiserem. Se me derem licença, vou para meu quarto. Até algum dia.

- Até! - exclamaram em uníssono.

Ao tentar abrir a porta, Hector estranhou o fato da mesma estar trancada. Alguns segundos depois, uivos foram ouvidos, logo seguidos de rosnados ferozes... cujo som foi aumentando consideravelmente, em uma aproximação que arrepiaram ambos. Entreolhares assustados. Uma comunicação telepática era o que os dois pediam naquele momento.

- Hector... o que foi isso?

- Rosie... estou quase concluindo de que estamos sendo alvos de uma armadilha. Ouça bem... parece que estão vindo pra cá.

- Sim... m-mas por que afirma que isto é uma armadilha? Como chegou a essa conclusão?

- Muito simples. Quando aquele homem disse que não tinha obrigação de revelar a origem do artefato foi como se ele dissesse que não tínhamos permissão de descobrir os mistérios daquilo. Perceba também que ele foi bastante irônico quando disse que podemos ver a coleção dele sempre que quisermos. É uma ataque planejado. Se eu estiver certo, esses lobos, ou seja lá o que forem essas criaturas, estão sob algum tipo de dominação.

- Parece fazer sentido. Provavelmente pode haver mais alguém por trás disso... alguém que ele conheça e, obviamente, tenha ligação com a sociedade e também com os assassinatos. - deduziu Rosie.

- Exato. Presumo que todas as portas foram trancadas, deixando abertas somente as janelas. Tudo foi premeditado. Rosie, estamos em perigo... mas deixe comigo... vou acabar com todos eles. - prometeu Hector, empunhando uma espingarda e olhando para todos os lados.

À medida que os rosnados se tornavam mais fortes e ferozes, Rosie recuava a passos lentos, vítima do medo incessante que dilatava suas pupilas.

Se encostou em uma janela. Mesmo separadas por um vidro, sua nuca e uma respiração forte e selvagem se encontraram.

Restou para ela apenas olhar para trás, tomando coragem sem se importar com o perigo à sua espera.

Através da janela, seus olhos se encontraram com outro par de olhos furiosos...

Olhos sedentos por carnificina...

Olhos que não se deve encarar.




                                                                     CONTINUA... 

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