Análise da dublagem de Dragon Ball Super (Parte 1)


Pra quem não sabe, eu já publiquei a review do arco da Sobrevivência do Universo em Agosto (é só clicar aqui e boa leitura) e poucos dias atrás postei um texto avaliando a adaptação do sétimo encerramento da série. Mas agora que finalmente o Torneio do Poder se aproxima para trazer os novos personagens com suas vozes dubladas, me bateu a vontade de separar em prós e contras o que eu tenho achado da dublagem. Dragon Ball Super estreou no Cartoon Network no dia 07 de Agosto de 2017 e no decorrer do tempo foi chamando cada vez mais atenção pela dublagem ter assumido uma certa liberdade carismática ao ponto de até gírias modernas serem incluídas. Vamos aos principais pontos positivos e negativos desse trabalho cujo esforço todos devem reconhecer e agradecer pela oportunidade de aprecia-lo.

OBS¹: Fiz apenas uma seleção a dedo, até porque há os trabalhos que mantiveram suas respectivas qualidades como Piccolo, Bulma, Kuririn, Kaioshin, Bills, Goku, Vegeta, Oolong, Mestre Kame, Mr. Satan, Majin Boo etc.

OBS²: Quanto aos personagens que surgem na Sobrevivência do Universo pretendo comentar futuramente.

Prós 👍

Whis - Sem dúvida alguma, a voz de Felipe Grinnan marcou o personagem num tom acertado que por vezes soa exagerado mas na maioria consegue ser cômico pelo comportamento um tanto afeminado do personagem garantindo altas risadas.

Goten - Mesmo depois de vários anos, Fátima Noya ainda consegue reproduzir a voz sem muitas oscilações no timbre.

Trunks - Não sei como se chama a dubladora (sim, mais uma pro histórico de Dragon Ball com garotos dublados por mulheres =P), mas a voz praticamente emula o tom do antigo dublador.

Hit - A voz de "homão da porra" de Francisco Junior adequou-se perfeitamente ao lendário assassino do Universo 06 passando uma característica de imponência e confiança.

Dai-Kaioshin - Não mudou absolutamente nada! Continua impagável como sempre (hahahahaha).

Champa - Essa engrossada na voz dada pelo Junior Nanetti imprimiu um caráter singular ao Deus da Destruição do Universo 06 e as interações com o irmão-rival, Bills, nunca deixam de divertir.

Daishinkan - Talvez esse seja o tópico mais controverso. Me deparei com muitos comentários de pessoas que se desagradaram com a voz emprestada ao Supremo Sacerdote. Ele tem esse aspecto de criança quase adolescente, mas a voz de Yuri Chesman, no meu ver, gerou boa combinação. Um tom maduro o suficiente só por conta da alcunha do personagem não faria muito sentido dada a aparência.

Contras 👎

Os exageros - Tudo bem, nada de errado em criar diálogos num clima que se aproxime dos novos tempos com as expressões populares das redes sociais. Só que esse impulso entusiástico acaba dando margem para cometer algumas forçações. "Miga, sua loka" é uma delas - coisa bastante repetida pela ChiChi nas conversas com Bulma -, soando pouquíssimo natural. Outro ponto é o Goku - isso não tem a vem com a liberdade engajada em relação às gírias - chamando o Zen'oh (pronuncia-se Zen Ô) de "Senhor Zen Ôzinho" e a compreensão auditiva automaticamente entende como "Senhor Senhorzinho" (credo x_x). Isto poderia fazer parte tanto dos prós quanto dos contras, mas os exageros descabidos e forçados (lembram do Whis falando "Tire suas mãos de mim, eu não pertenço à você", trecho da música "Será" do Legião Urbana x_x) infelizmente se sobressaem apesar da liberdade em si tomada não ser uma escolha ruim - o que só é preciso dosar para não cagar com o diálogo.

ChiChi - É bem perceptível que a voz da dubladora da esposa chatonilda do Goku mudou nesse meio tempo que não ouvimos nada inédito de Dragon Ball sendo dublados pelos intérpretes conhecidos. Está mais anasalada e o timbre também se diferencia numa oscilação gigantesca. Eu sei que as vozes se modificam, mas fica uma diferença pouco agradável.

Termos não-traduzidos - Pra quem já defendeu que Kami-Sama contido na dublagem BR não tem problema algum, eu realmente não deveria estar reclamando disso. Porém, saliento que a crítica aqui é mirada nos nomes dos ataques. O público releva Kamehameha pela maioria esmagadora ter assistido quando criança - imagine a bizarrice de ver Goku falar "Onda... de energia... da Tartarugaaaaa!". Golpes como Resplendor Final e as técnicas de Toppo não sofreram traduções, mantidas no idioma inglês causando uma certa estranheza. Super Saiyajin Blue é também falado assim. A questão é que poderiam ter mantido Resplendor Final e deixado os ataques do Toppo (todos com "Justiça" no meio ¬¬) traduzidos normalmente, como o Canhão da Justiça - enquanto na dublagem ouvimos Mauro Ramos falar Justice Blast. Não cola muito a desculpa de querer ser fiel à versão japonesa.

Gohan - A voz está mais esganiçada, percebe-se que o dublador perdeu um pouco do antigo tom.

*Talvez eu faça uma segunda postagem dando continuidade à esta sobre a dublagem da maior parte dos então inéditos que foram apresentados no Torneio do Poder.

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: https://criticalhits.com.br/anime/dragon-ball-super-dublado-em-portugues-ganha-data-para-chegar-ao-cartoon-network/

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