Crítica - A Morte do Superman


É filme da Liga, mas com protagonismo do Superman.

AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS (começando pelo título 😄😄😄)

Liga da Jus... digo, a mais recente animação do escoteiro readapta o famigerado arco dos quadrinhos homônimo prosseguindo na cronologia do DC Animated Universe pós-Flashpoint, desta vez atribuindo mais camadas em relação ao filme de 2007 (Superman Doomsday), que eu particularmente gosto bastante, no qual havia uma trama mais condensada que coube em 75 minutos (na sinopse do site onde eu assisti apontava esse "problema" e estou de acordo). O longa nada mais é do que a primeira parte da adaptação, sendo a segunda intitulada Reino do Superman e programada para lançamento em 2019. É como Matrix Reloaded: A metade de uma única narrativa.

O enredo, nos três atos que se prosseguem, flui naturalmente sem muitas inconstâncias e das poucas que notei posso afirmar que é a própria Liga em si participando do conflito (eu não li a HQ que serviu de base para o filme, então não faço ideia se os heróis estão presentes na batalha para parar o Apocalipse que aqui tem sua essência muito bem respeitada como uma verdadeira máquina de matar sem escrúpulos, é basicamente um Broly do Universo DC) fazendo, como esperado, as coisas adquirirem um ar familiarmente de um longa da equipe ainda que possua o Superman sob holofotes maiores. Mas a Liga, infelizmente, de nada serve contra a ameaça de Apocalipse. A comparação que fiz não foi à toa, nem a Mulher-Maravilha conseguiu manter um combate equilibrado por muito mais tempo até que Superman chegasse na área. Contra Darkseid, que por sinal tem praticamente o dobro da massa corporal da fera kriptoniana, em Liga da Justiça: Guerra, eles até que seguraram uma boa luta, na medida do possível, o que reforça a decisão meio descabida de inserir a Liga nesse conflito. "Nerfar" a galera toda para dar espaço ao temporário brilhantismo de ação do Superman.

Como é somente um lado de uma mesma moeda apresentado, não oferece muitos pontos a serem analisados, pois toda a competência visual que se reconhece nos filmes anteriores é constatada aqui como sendo bem repetida, principalmente nos momentos de pura porradaria. O início do primeiro ato simplesmente deu asas à minha imaginação para sonhar acordado vendo aquela cena onde Kal-el enfrenta aqueles bandidos com armaduras tecnológicas transposta a um live action e ainda mais numa desejosa sequência do filme O Homem de Aço. De fato, deu essa abertura gostosa, essa sensação de um desenho possuindo boas características a se aplicarem num filme com atores. A batalha contra Apocalipse (nesse ponto me refiro ao Superman, porque com a Liga foi triste, não que eles precisassem contar muita vantagem pra cima do grandalhão, mas as derrotas foram muito fáceis) traz à tona muita da brutalidade que se espera de um confronto dessa escala com boas sequências de destruição, tensões dramaticamente construídas (a torcida pelo Superman e as pessoas em perigo) e justamente com o ponto alto no momento que coroa o filme que é puramente a morte do herói ocorrida em meio a uma colisão de socos no melhor estilo Dragon Ball Z. Apocalipse falece com o pescoço quebrado e Superman com uma perfuração profunda por meio de uma das garras do vilão.

Lex Luthor não entregou nada demais: o egocêntrico odiador do Superman sendo ele mesmo, obcecado para roubar a cena na hora do clímax e no funeral banca o falsiano num discurso que não convenceu Diana Prince enquanto trabalha nuns projetos cabulosos envolvendo organismos especiais (dentre um clone robótico do Superman). Coisas de Luthor, nenhuma surpresa. Somam-se à emoção do impacto da morte que fez Metropolis chorar, o retorno bem conduzido logo ao término com uma Lois Lane maravilhada e surpresa (poxa, ela acabou de perder o namorado que contou um segredo perturbador e ainda o vê ressurgir dos mortos pouco tempo depois, ela foi a que mais sofreu).

Considerações finais:

A Morte do Superman relega a Liga da Justiça à mais mediana coadjuvação (quando eles nem deveriam estar ali, pra começar), muito embora eles carreguem ao filme todo o peso que se vê em um longa animado do grupo, mas funciona também como aventura enfocada ao Superman e tem seu lá seus impactos relacionados ao herói. Não é o Batman VS. Superman que deu certo (como falou equivocadamente um certo site de legionários), mas certamente é diversão valorosa quando o assunto é ação na base da porrada, apesar da premissa não ser lá essas coisas.

PS1: O último filme que tinha visto com uma potência de socos como desse foi Superman: Brainiac Ataca.

PS2: Pra esclarecer de vez: É um bom filme do Superman, mas um péssimo da Liga.

PS3: Conseguiram emular o humor forçado do Flash como no filme live action da Liga.

PS4: A solução para o "desaparecimento" de Clark Kent está no Caçador de Marte.

PS5: As pessoas testemunharam alienígenas vindo ao conhecimento geral, incluindo um alienígena com múltiplos poderes que podem facilmente associa-lo ao arquétipo de divindade e isso não abalou a crença religiosa de ninguém.

NOTA: 8,0 - BOM 

Veria de novo? Sim. 

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: https://ovicio.com.br/a-morte-do-superman-dc-confirma-data-de-lancamento-e-revela-capa-oficial-do-blu-ray/

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