Estou falhando na minha missão


No estado que me vejo agora, mal sei por onde começar a falar desse problema aparentemente inconsertável. Um mal sem cura que degenera as esperanças para os dias prósperos. A missão a que me refiro é a de vencer uma praga que atormenta minha rotina não faz tantos anos. A desgraçada da procrastinação. Para completar, como se não bastasse todo esse drama que vivo em passar por cima desse vício maligno de reservar para o futuro o que devo fazer no presente, ainda estou passando por uma fase de bloqueio criativo intimamente ligado ao perfeccionismo - eles são amiguinhos que caminham de mãos dadas dentro da minha mente. Adentrei numa espiral de auto-sabotagem que causa vergonha a cada decisão errada.

Gasto tempo com inutilidades, bisbilhotando perfis no Twitter e no Instagram - um passatempo que não agrega em absolutamente nada à minha missão relacionada ao blog. Esse ano de 2018 foi pensado como um abrigo onde eu pudesse me salvar de tudo que me atrasou no ano anterior tomando coragem para reverter o cenário e renunciar a coisas insignificantes. Corrigir esse péssimo hábito acabou sendo a prioridade. E posso dizer que já me considero... derrotado pela procrastinação. Dureza admitir isso. Mas o curso da vida é assim: Quando pensa ser o domador de si na realidade você é o escravo de si, especificamente dos seus defeitos e "tradições" diárias prejudicais a algo com que tenha dedicado comprometimento. Quero desconfigurar essas limitações que impus a mim de uma vez por todas. O caminho ainda continua tortuoso, mas o instinto fala pra seguir... e eu não sinto mais que vale a pena seguir. Será que é tudo isso em vão? Será que vou conseguir vencer? Isso é um demônio interno que me consome hora após hora, dia após dia. Não... aguento... mais.

Venho programando postagens desde o final de 2017 (por leiguice aguda nunca notei esse recurso diante das minhas fuças ao longo de 4 fucking anos x_x) em vista do problema com o meu PC na busca de me adiantar o máximo possível e não passar desespero sem blog e tecnicamente sem internet. Quando a máquina tiver morte definitiva, pelo menos um bom volume de postagens ficará de prontidão por uns dois anos. Mas não é bem assim que a banda tá tocando por aqui. O número de posts agendados deveria ter passado de 100 na metade desse ano, só pra começar. Foram apenas 63, eu acho, o que é ridiculamente insuficiente para manter o blog plenamente ativo em 2019 se o PC vier a morrer antes mesmo da virada do ano (sepá no dia D o_o). A parte reconfortante é que a quantidade de rascunhos "engavetados" não supera essa marca. Porém, são posts colocados no "freezer" que precisam ver a luz do dia o quanto antes.

Estou verdadeiramente frustrado, perdido e desanimado com o agravamento contínuo do quadro. Sinto que essa batalha será facilmente perdida caso eu não tome uma atitude auto-disciplinar imediata. Sou como um robô independente programado a executar comandos dos quais ele sente não ter autonomia para deletar pelo apego costumeiro à rotina de atrasos. Comandos maléficos que tornam esse robô um refém dele mesmo. Existe o querer, o desejo, o anseio. E existe, por outro lado, a barreira. Tudo isso ao mesmo tempo lutando dentro de uma mente tomada pela angústia. No fim das contas, a barreira sai vitoriosa. Um muro que aumenta conforme eu me permito sabotar meus planos. Eu me programei naturalmente a reprimir mudanças pessoais por medo infantil de que fugindo dos "rituais" de cada dia eu não me sentiria eu mesmo e tudo passaria a ganhar tons diferentes e se tinha uma coisa que odiaria experimentar primeiramente era a sensação de mudança efetiva que reduziria a prisão do hábito a nada, um bem feito por mim e para mim, mas nunca compreendido ou totalmente aceito. Mudar pela pressão das circunstâncias não é mudar de verdade. Quero mudar pela urgência assumida conscientemente. O momento é agora. Tirar forças para enfrentar as barreiras auto-impostas e seguir livre.

Contudo, entretanto e todavia, fica a questão: Quanto tempo será que ainda sobra? Eu sinceramente não gostaria de saber se fosse possível. Não é simples medo de perder. É medo de perder sem ter chegado nem na metade do caminho.

Dias sombrios podem estar vindouros. A menos que eu altere minha programação, subtraindo o que não adiciona.

Vida longa ao Universo Leitura (não quero ficar longe do meu cantinho de ideias T_T). 

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: http://www.ecoharmonia.com/2016/06/procrastinar-voce-deixa-tudo-pra-depois.html

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