20 coisas que fazem 20 anos em 2020
A fim de aproveitar a importância deste número, tive a ideia de elencar animes, filmes, programas de TV, entre outras coisas selecionadas que completam duas décadas de existência neste ano de 2020. Quão longínquo o ano 2000 ficou, né? Ah, e não vou entrar no mérito da questão acerca de começos e fins de década - assunto que rendeu debates acalorados internet afora, especialmente em listas de melhores e piores da década em sites de cultura pop, algo que eu jamais havia testemunhado -, se inicia com ano terminado em 1 e acaba com ano terminado em 0 ou vice-versa, não importa isso aqui, o foco está unicamente nos aniversariantes, mas só mencionei essa "polêmica" pra enrolar essa introdução mesmo (=P).
Portanto, não vou dar meu posicionamento quanto à isso, essa divergência que é no mínimo ridícula e impulsiona discussões improdutivas (se for escarafunchar meu perfil no Twitter até meados de dezembro passado vai encontrar um tuíte que postei lá sobre um comentário que printei de um post do Legião dos Heróis no qual rolava um papo calcado nesse tema porque alguém resolveu contestar o autor do artigo, é um comentário bem fundamentado e serve pra encerrar de uma vez por todas qualquer briga em torno dessa bagaceira). Falei que não entraria no mérito, mas acabei meio que entrando, enfim... Confira abaixo a lista dos vintões (ou brevemente futuros vintões) que fizeram parte do saudoso início de uma então nova era:
A ressurgência da Recreio
Em março de 2000, a famigerada revista Recreio, publicada pela Editora Abril, teve um reboot após a sua primeira fase que transcorreu entre 1969 e 1981, retornando às bancas a partir daí com uma outra linha editorial e uma pegada diferente dos seus primórdios. Quem colecionou as edições pertencentes à esse memorável renascimento pôde se divertir a valer com os quadrinhos, testes, joguinhos, brindes, as curiosidades e matérias sobre filmes e desenhos badalados (especialmente do Cartoon Network). Não vou mentir que na época era um sonho de consumo pra mim, as capas sabiam ser atrativas. Quando o gato subiu no telhado para a Abril, em 2014, a revista foi comprada pela Editora Caras, mudando para periodicidade mensal, mas quatro anos depois, mais precisamente em março de 2018, teve sua publicação definitivamente interrompida. Agora a boa e velha Recreio dos anos 2000 existe apenas nas nossas lembranças, aniversariando postumamente.
O limiar da franquia Premonição
Nem me passou pela cabeça que poderia excluir uma das cinesséries de suspense e terror mais bem-sucedidas do cinema que tem como motor narrativo a impiedade da maior e absoluta certeza da vida retratada como um mal ou entidade invisível que não descansa até ceifar todos aqueles que foram salvos graças ao indivíduo com o dom do presságio trágico e à ele conectados. Mesmo não sendo nada perto de uma preciosidade cinematográfica e digna de ser oscarizada, o primeiro longa de Premonição (Final Destination, no original) conquistou seu merecido valor dentro do hall dos exemplares do gênero, principalmente por trabalhar na antagonização de um fenômeno que não pode ser driblado ou sequer vencido e usando da simplicidade do tema para uma execução satisfatória. É aquele típico caso: funciona no que se propõe e nada mais. Com direção de James Wong (que também colaborou no roteiro), Premonição foi lançado em 17 de março de 2000 nos EUA.
A estreia de Digimon 02 no Japão
Sequência direta dos eventos de Adventure, passando-se após um intervalo de três anos, Digimon Adventure Zero Two (alternativamente Digimon Adventure 02 ou simplesmente Digimon 02, como a Globo anunciava - não sei na Fox Kids porque não tinha TV a cabo naqueles tempos que o negócio era "coisa de rico") enfia mais personagens, dentre eles o líder Davis (outro com óculos inúteis, acessório indispensável na caracterização de um protagonista da série =P), até então inéditos para se aventurarem no Digimundo, mantendo dois membros veteranos, T.K (Takeru) e Kari (Hikari), no enfrentamento das ameaças diversas, sobretudo contra as forças orquestradas pelo memorável Imperador Digimon e suas Torres Negras corrompendo o mundo virtual. A temporada, contudo, não cativou tanto o público e acredito que há críticos veementes dela, incluindo fãs mais imergidos (se eu for apontar um incômodo, o que vem à cabeça de imediato são as linhas evolutivas). Quem sabe futuramente (sei lá quando) eu reveja pra captar os equívocos e definir minhas conclusões. Digimon 02 vai aniversariar no dia 02 de abril, data em que sua transmissão original tivera início.
O primeiro episódio de Yu-Gi-Oh! Duel Monsters
Começando sua transmissão no dia 10 de abril de 2000, na TV Tokyo, as sombrias (ou vai dizer que possessões espirituais em duelos que valem a sua alma são pura leveza?) e desafiantes aventuras de Yugi Muto e seus amigos marcaram o ponto de partida de um fenômeno com reconhecimento meritório. A popularização fragorosa de Yu-Gi-Oh! pelo mundo ocorreu através de seu card game cujo sucesso foi alavancado pelo anime que servia de vitrine para as cartinhas do mundo real. Essa conjunção de êxitos comerciais favoreceu um cenário para que a franquia jogasse seguro na sua empreitada por uns bons anos. Yu-Gi-Oh! Duel Monsters fechou com 7 temporadas num total de 224 episódios exibidos até outubro de 2004.
Um certo filme esquecido da Disney protagonizado por dinossauros...
No meu parecer inconclusivo, não sei muito bem destacar as características para analisar resumidamente a animação pelo fato de ter visto casualmente numa Sessão da Tarde que mal me recordo de que ano foi. E por falar em memória fraca, o público disneymaníaco parece um tanto indiferente em relação à esta obra por ser pouquíssimo lembrada sendo que gerou uma boa arrecadação na época ($349,8 milhões), mas independentemente do desempenho positivo os dinos computadorizados não envelheceram bem na memória afetiva dos fãs. Além de ser um clássico da Walt Disney Animation Studios (a 39ª animação nesta categoria), foi o primeiro longa-metragem a desenvolver animação digital fora da parceria Disney-Pixar. Dinossauro estreou nos EUA em 19 de maio de 2000. Já no Brasil, a animação chegou pouco mais de um mês depois, em 30 de junho. A narrativa se centra num êxodo jurássico após uma devastação causada por um meteoro.
O desembarque do primeiro anime de Digimon nas terras tupiniquins
A série aportou no Brasil em julho de 2000 simultaneamente nas TVs aberta e paga, respectivamente na Globo e Fox Kids (o atual Disney XD). No canal fechado, Tai, Agumon e cia. deram o ar da sua graça no bloco Invasão Anime com exibições às 17h30. Já na platinada, os monstrinhos virtuais fizeram sua badalada estreia no bloco Férias Animadas (e não exatamente no Bambuluá como acreditei por um bom tempo) que veio a substituir o programa de Angélica, o Angel Mix, encerrado ao final de Junho daquele ano. É necessário dar uma atenção especial à passagem de Digimon no sinal aberto (por mais constrangedor que seja o motivo) pelo simples fato do anime ganhar uma música de abertura exclusiva, o que não era novidade alguma na época, vide Cavaleiros do Zodíaco na Rede Manchete, a famigerada (e nostálgica, para o bem ou para o mal hehehe) "Digimons Digitais" cantada pela própria Angélica que além de soltar a voz... se produziu com uma espécie de "cosplay" (ou cospobre?) que lembrava a personagem Sora para dançar uma coreografia que muitos fãs preferem esquecer tamanha é a vergonha alheia - mas acho que todo mundo na época não ligava pra isso, apesar das partes da abertura tapadas pela loirinha. A atração foi a carta coringa da Globo contra a Record e seu Pokémon, embora não concorrentes diretos no horário.
Nascia a (atualmente sepultada T_T) TV Globinho!
Mais um aniversário póstumo, este indiscutivelmente doloroso. Tudo começou logo após a derradeira exibição do Angel Mix a qual marcou o início de um período de transição que atende pelo nome do já citado Férias Animadas, temporária sessão de desenhos meio tapa-buraco (que, como anteriormente dito, revelou Digimon Adventure para a criançada que não desfrutava de TV paga) permanecendo no ar até o final de julho e mostrava Angélica em viagens num formato similar ao do seu antigo programa excepcionalmente dentro da etapa de férias. Nessa gênese, especificamente após o término do Férias Animadas, a TV Globinho nada mais era que uma "emissora de televisão" trazendo uma equipe de repórteres-mirins composta por Xereta (Élida Muniz), Prego (Guilherme Vieira), Jujuba (Vivian Weyll), Matraca (Edmundo Albretch) e Escova (Charles Emmanuel - sim, ele mesmo, o dublador do Ash trabalhando na Globo em plena "guerra" de rivais no horário matinal!), todos eles realizando coberturas de bastidores na cidade cenográfica da então vindoura nova atração infantil que preencheria a faixa em definitivo (no caso, o Bambuluá). Mas vale frisar que nesse ciclo transitório posterior ao Férias Animadas a TV Globinho não havia sido tratada pelo canal oficialmente na grade de programação enviada à imprensa como um programa independente, constando apenas como "Programação de Desenhos" na faixa das oito horas ao meio-dia. Porém, na prática, a TV Globinho já existia e, portanto, o dia 15 de agosto de 2000 pode ser considerado, extraoficialmente, como a data de estreia. Em suma, nesse curto intervalo, o tapa-buraco era a TV Globinho e ao mesmo tempo não, pois nas chamadas veiculadas pela Globo anunciava apenas como "desenhos". No Bambuluá, foi incorporada como um quadro mantendo o quinteto de repórteres que chamavam os desenhos e produziam sátiras de programas. O desenrolar e o (triste) fim dessa história nós já sabemos.
*Com informações do Observatório da Televisão.
X-Men: O Filme, o eterno precursor da segunda onda de filmes de super-heróis (foi mal, fãs de Blade =P)
Desça a lenha o quanto quiser no X-Verse da Fox, mas, verdade seja dita e justiça seja feita, o primeiro longa desta franquia, infelizmente malfadada nas mãos de um estúdio inepto na exploração de material, foi um tremendo divisor de águas para o gênero de filmes baseados em personagens de histórias em quadrinhos, marcando uma virada surpreendente nas produções que investem nesse tipo de conteúdo (até então bastante nichado e de entendimento restrito com relação à fonte original das ideias adaptadas que a audiência massiva desconhecia) e inspiradamente efetivando uma abertura de caminho para várias outras figuras das páginas coloridas brilharem nas telonas. Representa um salto de qualidade adequado para a época. Fora isso, ainda popularizou talentos como Hugh Jackman na pele de Wolverine sendo um marco histórico na carreira do ator que apesar de algumas discrepâncias físicas com o personagem das HQs entregou uma performance ostensivamente bem lembrada. E que lance é esse de onda que mencionei no título deste tópico? É simples: a primeira onda dos filmes de super-heróis decorreu a partir do clássico Superman de Christopher Reeve em 1978 e terminando no primeiro filme de Blade, o caçador de vampiros, em 1998. A segunda onda, claro, foi principiada por este longa dos filhos do átomo, finalizando em Homem-Aranha 3 e no segundo filme do Quarteto Fantástico, ambos de 2007. E a terceira partindo diretamente do início do Universo Cinemático Marvel com Homem de Ferro (resume-se quase que totalmente por esse rentável universo compartilhado). X-Men: O Filme estreou nos cinemas no dia 14 de julho de 2000 nos EUA, faturando US$ 296 milhões.
Ano passado postei uma review do filme, você pode conferi-la clicando bem aqui.
O Caminho para El Dorado, um velho conhecido da Sessão da Tarde
Um clássico das animações produzidas pela Dreamworks, ainda que não tenha gerado tanta afeição nostálgica perto de outros títulos de peso da casa do camundongo, mas também não foi relegado a um limbo de esquecimento. Para os que assistiram ao longa na Sessão da Tarde (e às reprises que não foram poucas), boas recordações devem ter da história envolvendo a dupla central. Não posso falar por todo mundo, afinal, pra ser bem sincero, nunca cheguei a ver o filme na íntegra, no máximo cenas de chamadas e avulsas do clímax. Mas a qualidade visual me fisgava, o problema de fato foi não ter tido a chance de assisti-lo como gostaria - e fiquei de bobeira por anos sem "revê-lo". Na trama, os amigos vigaristas Túlio e Miguel se aventuram entre trapaças e perigos munidos de um mapa da lendária El Dorado, conhecida como a cidade do ouro. A animação foi lançada em 31 de março nos EUA e em 14 de julho de 2000 no Brasil, tendo Elton John na trilha sonora.
A estreia da nostálgica primeira fase do Band Kids
Eu acho (só acho) que muitos (provavelmente nascidos pós-2000 ou muito criancinhas durante o período) ainda se confundem quanto à real época de estreia do Band Kids, remetendo à estreia de Dragon Ball Z na emissora em 25 de outubro de 1999, uma vez que o anime havia sido inaugurado na programação de forma independente. Sob o comando de Renata Sayuri como a personagem Kira (uma atração à parte para muitos rapazinhos, imagino heheh), o bloco infantil fez sua estreia no dia 14 de agosto de 2000, indo ao ar às 15h de segunda à sexta-feira, composto de atrações novas como Bucky, Seis Biônicos, Cadillacs & Dinossauros e incluindo o já veterano Dragon Ball Z com episódios inéditos estreados pouco mais de dois meses depois. Fora os animes, Kira interagia com o público (e com um globo ocular bizarro o_o) lendo cartas e e-mails que vinham aos montes (umas 60 mil!). O programa em si não tinha nada que se comparasse à programas infantis anteriores (em aspectos como auditório, competições e atrações musicais), apostando num formato mais básico. Na minha história, o Band Kids passou mais que despercebido, eu sequer sabia da existência! Não fosse por tal ignorância, meu contato definitivo com animação japonesa teria certamente iniciado mais cedo (pois é, nos recônditos da minha memória creio que não peguei a transição para o Bambuluá na parte do Férias Animadas) e aí me apaixonaria por Dragon Ball um ano antes.
Amnésia, aclamado sucesso da carreira de Christopher Nolan
O longa que consolidou a carreira do diretor, seu segundo da filmografia de longa-metragem (o qual também roteirizou), que cinco anos mais tarde viria a resgatar o Batman do fundo do poço da mediocridade. Amnésia (Memento, no original) completará 20 anos no dia 31 de agosto e tem sua trama concentrada no protagonista chamado Leonard (Guy Pearce) que se lança numa busca vingativa contra o homem que assassinou e estuprou sua esposa, mas durante a caçada ao bandido ele precisa enfrentar o obstáculo da sua perda de memória que faz com que ele esqueça de acontecimentos ocorridos quinze minutos atrás, não lembrando para onde seguia ou o porquê. A narrativa tem uma instigante não-linearidade, um ponto em comum com o primeiro longa de Nolan, Following (1998), bastando isso para fisgar quem curte apreciar uma história no melhor estilo "mind-blowing" (eu incluso, tanto é que esse filme tá preservadinho na minha quilométrica watchlist). Baseado no conto Memento Mori escrito por Jonathan Nolan, irmão de Christopher Nolan, Amnésia obteve aprovação massiva da crítica e rendeu nas bilheterias o total de US$ 39.723.096. No elenco também traz Carrie-Anne Moss, a eterna Trinity de Matrix.
Surgia Jackie Chan na versão animada
Criado por John Rogers, o desenho retrata o personagem Jackie Chan baseando-o num aspecto identitário ao ator que sempre foi famoso por interpretar papéis que envolvessem artes marciais, um elemento aproveitado na concepção do protagonista para as cenas de ação desenvolvidas numa pancadaria com ares cômicos. Tá, eu sei que isso aqui não é uma review, digamos que me empolguei um pouco já que só tenho elogios pra essa icônica série com seu jeito único de conduzir lutas não apelando para exageros que visem ousar de certa forma. Como a maioria (imagino) sabe, o Jackie Chan em 2D é um arqueólogo e também perito nas artes marciais que além disso atua numa agência secreta, a inesquecível Seção 13 liderada pelo igualmente memorável Capitão Black, vive com seu tio que é proprietário de uma loja de antiguidades na qual sua destemida sobrinha, a co-protagonista Jade (confesso ser minha personagem favorita), vem para morar ficando sob sua custódia. A série estreou em 09 de setembro de 2000 no canal Kid's WB se estendendo por 5 temporadas e totalizando 95 episódios até 2005. No Brasil, Jackie e sua trupe pintaram no ano de 2002 na TV Globinho por onde teve uma longeva e célebre passagem tal qual outras atrações da casa como Bob Esponja e Três Espiãs Demais.
Super Choque, um dos maiores exemplares de séries animadas da década
No rol das proeminentes séries de animação da década, as aventuras do Super Choque certamente teve um bom lugar ao sol e toda a execução do desenho, que abordava temas sociais incluindo um pano de fundo dramático ao protagonista, fez por merecer o enorme sucesso conquistado durante a transmissão iniciada em 23 de setembro do ano 2000 no Cartoon Network norte-americano. Virgil Ovid Hawkins é um estudante que vivia uma vidinha normal, até que num dia acidentalmente foi exposto a um gás misterioso que lhe concede eletrocinese, juntamente com outras pessoas afetadas que no mais tardar viriam a manifestar seus poderes meta-humanos, algumas delas combatendo Virgil após o mesmo assumir a sua identidade super-heroica. A partir da segunda temporada o desenho foi incluído ao Universo Animado da DC (vulgo Timmverse), quando antes apenas fazia referências à personagens da editora como fictícios no universo até então desconexo. Prova da alta recepção entre o público vem da sua longa passagem pelo SBT no Bom Dia e Cia. que exaustivamente reprisou o desenho até dizer chega (será que ainda passa?), caso parecidíssimo com outra série exibida no canal do Senor Abravanel que comento mais abaixo...
Quando o Guaraná Antarctica surfou na onda da Pokémania
Basicamente o que Pokémon Go foi há três anos esta saudosa promoção foi no ano 2000 em relação a caçar pokémons. Ao todo haviam 40 miniaturas dos monstrinhos de bolso dentro das pokébolas nas tampas das garrafas e algo interessante (que nem na época, em meus tenros 4 ou 5 aninhos de idade, sabia) é que certos mini-pokémons eram montáveis por conta de serem grandes e não caberem inteiros na pokébola. Outo fato bacana é que Ash, Misty e Jesse também tinham suas miniaturas colecionáveis, excluindo Brock e James (quanto ao Brock eu até entendo, mas a Equipe Rocket incompleta é estranho). Durante a febre nacional, pude obter ao menos dois (Alakazan e Primeape), mas anos depois consegui vários, sobretudo da geração Johto, de um colega da escola que vendia a preço de banana.
Relembre o comercial da promoção clicando aqui.
Estreia do Bambuluá, a última atração infantil capitaneada pela Angélica
Muito além de um programa matutino com exibição de desenhos e quadros voltados para a garotada, Bambuluá, em essência, era uma espécie de novelinha protagonizada por um time de super-heróis denominados Cavaleiros do Futuro (interpretados por outros atores mirins, especificamente na primeira temporada, e não pela turma da TV Globinho) cuja primeira missão foi salvar Angélica ("atuando" como ela mesma) de uma gangue de motoqueiros, com cada um dos membros representando uma cor do arco-íris (basicamente um tokusatsu brazuca hahaha), a levando para a cidade de Bambuluá guardada por barreiras protetoras e um cristal mágico que impedem habitantes da cidade vizinha, Magush, de invadi-la, entre os quais estão seus arqui-inimigos, os Cavaleiros das Trevas, um grupo de adolescentes liderados por Morcegão a serviço do vilão Dumal (êta criatividade =P) dispostos a roubar o bendito cristal. Na minha memória não existe um registro sequer (o que, contudo, não significa que não tenha tido um vislumbre da bagaça) de alguma cena sobre o tal enredo, queria mesmo era saber dos desenhos e não de seriezinha genérica com orçamento mequetrefe (mais que um tokusatsu normal heheh). O programa, que passou por vários adiamentos mas finalmente estreando em 09 de outubro de 2000, marcou a volta da apresentadora no comando de um infantil na Globo quatro meses após o fim do Angel Mix que tinha um caráter mais teen e infanto-juvenil, entretanto acabou por ser o derradeiro trabalho de Angélica voltado ao público-alvo que a consolidou desde quando substituiu Xuxa no Clube da Criança na Rede Manchete em 1987. Bambuluá findou sua curta trajetória em 31 de dezembro de 2001 com apenas duas temporadas da sua historinha "encantadora" e certamente para muitos nostálgica.
Mangás de Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco pela Conrad Editora
Dona de um inquestionável pioneirismo quanto a publicação de mangás no formato oriental/japonês (sentido de leitura da direita para a esquerda), a Conrad não dormiu no ponto ao fazer o lançamento de dois títulos fenomenais em novembro de 2000 - no ano anterior a editora deu a engatada no ramo de mangás publicando Hadashi no Gen (ou Gen Pés Descalços aqui no Brasil) e As Aventuras Elétricas do Pikachu, ambos com quatro volumes, porém cancelados no mesmo ano. Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco foram lançados no formato de meio-tanko (para entender melhor o significado do termo e afins, recomendo esse artigo completíssimo), respectivamente em 32 e 48 volumes, obviamente sendo sucessos de vendas.
X-Men: Evolution se inaugurava para somar à safra
Não duvido que fãs mais ardorosos dos filhos do átomo torceram o nariz para a representação dos personagens como jovens, na maioria adolescentes. Com produção de Boyd Kirkland e Michael Wolf, a série rendeu 4 temporadas totalizando 52 episódios transmitidos a partir de 4 de novembro de 2000. Numa pequena e franca avaliação, ela, por mais bem quista que seja, não faz frente ao clássico desenho dos anos 90, mas detém uma qualidade própria que sabe criar uma boa identidade na exploração do clima mais jovem e nas adaptações de arcos dos quadrinhos - coisa da qual não posso falar com tanta propriedade pois não vi muitos episódios pra me certificar do que acertaram ou erraram, muito menos lia HQs dos X-Men e de super-heróis em geral (um sonho de consumo que só pude realizar no final da infância, aos 12 anos, triste, mas verdade) na época de exibição no Brasil. Este é mais um campeão de reprises infindáveis no SBT ao lado do já citado Super Choque.
A Fuga das Galinhas, um marco do stop-motion
É uma animação que dispensa apresentações e comentários por ser uma historia que funciona organicamente, sobretudo na comédia, nos três atos que se seguem capturando a simpatia e a empatia de quem assiste pela dureza de escravatura que aquelas galinhas (bizarrinhas com aqueles dentes) passavam nas mãos da maléfica e assustadora Sra. Tweedy e apenas queriam ser livres para voar rumo à liberdade - mas não para ser um simples voo de galinha. Ah, e não tem como não se cativar pelo galo Rocky Rhodes e sua tentativa de ensinar Ginger e sua turma a alçar voo. O longa tem sua trama ambientada na década de 1950, situada em Yorkshire na Inglaterra, mas referencia a Segunda Guerra Mundial através do galinheiro mostrado sugestivamente como um campo de concentração. No Brasil, o longa estreou em 22 de Dezembro de 2000.
O maior legado do Batman ganhava um filme para chamar de seu
No período em que a série solo de Terry McGinnis, o Batman do Futuro, estava na sua transmissão, eis que tiveram a brilhante ideia de produzir um longa-metragem animado do personagem que consegue ser tão bom e pródigo quanto seu mentor já idoso e aposentado (da bat-família ele é meu segundo favorito, desbanca o Robin sim heheh). O lançamento comercial em 12 de dezembro de 2000, o longa, sub-titulado O Retorno do Coringa, desenvolve, além do enredo do futuro, uma trama sádica do passado arquitetada pelo palhaço do crime envolvendo um modificado Tim Drake (sucessor de Dick Grayson, o Asa Noturna) o transformando no seu "filho adotivo". Dentre os filmes animados da DC, este é um dos primorosos.
A Nova Onda do Imperador
Outro grande sucesso da Era da Renascença da Disney que, pelo que posso depreender da sinopse já que até hoje não assisti (shame on me), aborda o quão fundo no poço um ser humano com o rei na barriga (se bem que o personagem principal é um rei/imperador) pode chegar para finalmente reconhecer o valor da humildade mesmo se sujeitando à uma provação. O jovem e arrogante Imperador Kuzco é transformado numa lhama por sua poderosa mentora Yzma. Perdido na floresta, a única chance de Kuzco recuperar seu trono é com a ajuda de Pacha, um humilde camponês. Juntos, eles precisam enfrentar Yzma antes de concluir sua jornada. No Brasil, o filme teve sua estreia em 29 de dezembro de 2000.
*As imagens acima são propriedades de seu respectivos autores e foram usadas para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.
*Imagens retiradas de: http://www.lisoesolto.com.br/2018/03/sucessos-anos-2000.html
https://www.meioemensagem.com.br/home/sem-categoria/2018/09/12/revista-recreio-e-descontinuada.html
http://www.pontojao.com.br/referencia-premonicao/
https://filmow.com/noticias/13924/animes-digimon-adventure-02-resenha/
https://pt.quizur.com/trivia/voce-realmente-e-fa-de-yu-gi-oh-duel-monsters-jgK
https://pandlr.com/forum/21-pan/forum/topic/plantao-2-o-trailer-de-a-star-is-born-saira-a-qualquer-momento/page/383/?cache=1
https://www.animenew.com.br/digimon-adventures-anunciado-novo-anime-da-serie/
https://logos.fandom.com/wiki/TV_Globinho
https://entreterse.com.br/resenha-x-men-o-filme-2000-10403/
https://www.uberlandia.mg.gov.br/2019/08/13/cineclube-exibe-gratuitamente-a-animacao-o-caminho-para-el-dorado/
https://noobbar.wordpress.com/2012/12/03/band-kids-nostalgia/
https://homeopatiacultural.wordpress.com/2017/01/16/amnesia-e-a-historicidade-do-homem/
https://medium.com/@claudiogomessilvaleite/desenhos-que-passaram-na-tv-globinho-para-quem-foi-crian%C3%A7a-dfd608cbccee
https://www.legiaodosherois.com.br/lista/10-fatos-e-curiosidade-sobre-o-desenho-do-super-choque.html#list-item-10
https://www.criatives.com.br/2018/05/16-produtos-inesqueciveis-que-pararam-de-ser-fabricados-e-deixaram-saudades-ou-nao/01-565/#main
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https://observatoriodocinema.bol.uol.com.br/filmes/2019/10/a-fuga-das-galinhas-vai-ganhar-sequencia
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