Crítica - Arranha-Céu: Coragem Sem Limite


A que ponto você se desdobraria para salvar aqueles que ama?

AVISO: A crítica abaixo contém SPOILERS.

Dá a impressão de que o ano de 2018 teve uma superexposição tamanha ao Dwayne Johnson, com destaque para duas grandes produções de propostas diferentes mas com apelos comerciais igualmente significativos haja vista a popularidade do astro que protagoniza as aventuras. Uma delas é Rampage, um blockbuster, que ganhou review recentemente no blog e a mesma você pode conferir clicando aqui. E a segunda é o foco desta análise, Arranha-Céu: Coragem Sem Limite, um longa que faz justiça ao seu subtítulo (mania convencional da tradução BR que nesse caso atribui sentido). The Rock encarna um veterano de guerra e ex-líder de operações de resgate do FBI que é vitimado por uma de suas missões de risco que envolvia um homem insano fazendo de refém uma criança (não sei bem ao certo se é um filho) e que aciona uma bomba cuja explosão traz um custo ao protagonista. Will Sawyer passa a utilizar uma prótese de ferro na sua perna esquerda, o que não o impede de executar o ofício que o encarrega à segurança de arranha-céus e viaja à Hong Kong com sua família (esposa, Sarah Sawyer - que também possui experiência com o meio militar - e duas crianças, menino e menina, que são os alvos mais fragilizados da situação-chave que transcorre) para trabalhar no maior e mais seguro edifício da China. Porém, terroristas estão interessados em sabotar o prédio causando um incêndio do qual Sawyer é culpabilizado.

Toda a celeuma que vira o enredo, muito ágil em deslanchar os eventos por sinal, dá um aspecto de jogo de gato e rato (Will atrás de salvar sua família, a polícia correndo para prende-lo e os bandidos, liderado pelo ardiloso Kores Batha, na busca pelo dono do prédio, Zhao Long Ji, para roubar um drive que contém informações inconvenientes aos algozes). A escolha de The Rock para o papel de um cara que não mede nenhum esforço para abraçar os extremos insanos no intento de resgatar seus entes queridos (e dependendo de uma prótese removível!) tem sua parcela justificável, não somente pelo carisma do ator, mas também a sua parcela de pretensão a um exibicionismo visando aproveitar-se da forma física dele para impactar em situações que exijam quebras de limites humanamente possíveis mais para demonstrar sua garra de escapar com todos que lhe importam vivos (mesmo que não o associe a um modelo de "invencibilidade" o tempo todo, mas como se trata de cinema tem aquelas façanhas que no mundo real não seriam replicáveis) . A "super-força" de The Rock poderia colocar seu personagem no livro dos recordes como melhor performance de salvamento e superação de barreiras.

Um bom filme-desastre (quando não é parcialmente um desastre cinematográfico) é aquele que motiva o espectador a torcer pelo protagonista e com o The Rock eu devo admitir que a facilidade foi absurda. Se bem que nessa película o cara até que entregou uma atuação no auge do aceitável, deu para notar uma dramaticidade fluída quando ele protege sua filha (que ficou no prédio após se separar do irmão que foi resgatado primeiro junto à mãe numa cena que o próprio vê-se obrigado a submete-los a uma saída de risco). Da zona dos vilões, além de Kores, destaca-se Xia, uma integrante do grupo terrorista cujo rostinho bonito pode mascarar uma natureza homicida impiedosa que ela manifesta muito bem (toda a coragem do The Rock não basta pra encara-la, no meu ver), apesar das poucas cenas que sua ação é mostrada. Por falar em ação, as ótimas coreografias de luta e a condução dos confrontos de tiroteio elevam a tensão e a preocupação de quem assiste com os desenlaces que podem ocorrer, o que favorece na atenuação da previsibilidade. Os problemas de Will e Zhao cruzam-se para culminar numa situação típica de negociação que põe a filha de Will, sob a mira dos terroristas, como moeda de troca pelo drive resguardado por Zhao que com sua ambição pôde destruir qualquer chance disso acabar bem para o seu recém-contratado. O que segue-se após a ruptura de "pacificidade" é o jogo de gato e rato em toda sua forma ou, em outras palavras, no seu ápice dramático e não havia lugar mais propício no moderníssimo arranha-céu que não a sala de painéis refletores de imagens (tô falando com base no que posso definir, não exatamente no que o Zhao explicou) que é basicamente um labirinto de espelhos para confundir, um recurso bem legal tanto para demonstração quanto para o clímax.

O negócio só dá aquela escorregadinha na resolução com Sarah, através do tablet confiado à Will para ter acesso exclusivo, religando o sistema anti-incêndio, coisa que ela fez parecer simples demais. O desastre em si sequer alcançou uma proporção de gravidade elevada para dar uma dor de cabeça no Zhao e arcar com grana na reconstrução da sua "Torre de Babel", do contrário ele não teria falado em reconstruir tão calmamente (pra alguém que "caga" dinheiro tá tudo sussa).

Considerações finais: 

Arranha-Céu: Coragem Sem Limite tem um espírito respeitável em relação ao encorajamento do protagonista na priorização de sua família e de passar por cima de todo e qualquer percalço para protege-la seja lá qual for a ameaça. Mais dando importância aos fatos, o filme não é substancial para aprofundar essa questão, mas ao menos The Rock carrega vigorosamente o enredo nas costas, além de realizar suas proezas fantasticamente suicidas, e a ação completa no seu desenvolvimento equilibrado.

PS1: A luta de Will contra aquele cara lá (não peguei o nome) é pancadaria do tipo que você deseja não acabar tão rápido.

PS2: Deu raivinha da dupla de policiais chineses se fazendo de cegos pro heroísmo do Will que estimulava torcida dos civis.

NOTA: 7,5 - BOM 

Veria de novo? Provavelmente sim. 

*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos. 

*Imagem retirada de: https://ovicio.com.br/assista-ao-novo-trailer-de-arranha-ceu-coragem-sem-limite/

Comentários

As 10 +

10 episódios assustadores de Bob Esponja

10 melhores frases de Optimus Prime (Bayformers)

10 melhores frases de Hunter X Hunter

15 desenhos que foram esquecidos

5 personagens odiados de Dragon Ball

Mais 15 desenhos que foram esquecidos

10 melhores frases de As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy

Crítica - Tá Dando Onda 2

Crítica - Circus Kane: O Circo dos Horrores

Baú Nostálgico #13: Dick Vigarista & Muttley (Esquadrilha Abutre)